“Sigo com preocupação o aumento das tensões que ameaçam provocar um novo golpe na paz na Ucrânia e põem em discussão a segurança no continente europeu com repercussões ainda mais vastas”, alertou, a partir da janela do Palácio Apostólico, na oração do Angelus.
Diante dos fiéis que o ouviam na Praça de São Pedro, em Roma, Francisco fez um apelo “fervoroso” a “todas as pessoas de boa vontade” para rezarem e pedirem a Deus que “toda a ação e iniciativa política esteja ao serviço da fraternidade humana” e não ao lado de “interesses partidários”.
“Aqueles que perseguem os seus objetivos à custa dos outros desprezam a sua própria vocação como seres humanos, porque somos todos irmãos criados”, disse o Sumo Pontífice, antes de convocar um dia mundial de oração pela paz na Ucrânia na próxima quarta-feira, dia 26 de janeiro.
Atualmente decorrem contactos intensos entre a Rússia e os EUA sobre as tensões relativas ao destacamento de tropas russas para a fronteira ucraniana.
Os EUA, que estima o número de tropas russas em mais de 100.000, consideram os exercícios russo-bielorrussos, que vêm juntar-se ao anúncio de sexta-feira como os maiores exercícios navais de sempre da Rússia, como “perturbadores”.
Reunido com o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em Genebra, o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, disse na sexta-feira que Moscovo não tem qualquer intenção de atacar a Ucrânia.
LUSA/HN
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