Sete civis ucranianos, incluindo uma criança, morreram após um bombardeamento russo de uma caravana humanitária de refugiados, disse hoje o Ministério da Defesa da Ucrânia.
Os sete estavam entre centenas de pessoas que tentaram fugir da aldeia de Peremoha, 20 quilómetros a nordeste de Kiev. Um número desconhecido de pessoas foi ferido nos bombardeamentos, acrescenta-se no comunicado.
Moscovo prometeu estabelecer em segurança corredores humanitários para fora das zonas de conflito, mas as autoridades ucranianas acusaram a Rússia de dispararem sobre civis.
O Presidente da Ucrânia afirmou que 12.729 pessoas conseguiram sair no sábado do país através de corredores humanitários.
A informação foi transmitida na rede social Telegram, com Volodymyr Zelensky a afirmar que os corredores humanitários de retirada de pessoas previstos para sábado funcionaram. Já a vice-primeira-ministra, Irina Vereshchuk, revelou que estiveram operacionais nove dos 14 corredores humanitários previstos.
Já o diretor do Centro de Controlo da Defesa Nacional russa, Mijail Mizintsev, acusou a Ucrânia de impedir a retirada de civis para a Rússia e que, mesmo assim, Kremlin conseguiu retirar 10.000 pessoas de várias regiões, incluindo as pró-russas Donetsk e Luhansk.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
NR/HN/LUSA
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