Seis mortos em inundações no sul de Madagáscar devido ao mau tempo

19 de Março 2022

Uma família de cinco pessoas e um guia turístico foram encontrados mortos numa ravina em Isalo, na região sul de Madagascar, vítimas de uma intempérie durante uma caminhada no início da tarde de sexta-feira, indicou hoje a agência France-Presse.

Das seis vítimas mortais registadas, uma é de nacionalidade francesa, que é o pai da família que morreu, em que os restantes membros são de nacionalidade malgaxe, nomeadamente a sua esposa, o irmão e a avó deste último, informou a France-Presse, referindo que os corpos destas quatro pessoas foram encontrados com o do guia turístico.

A família que realizava uma caminhada em Isalo tinha também um bebé de dois anos do casal, em que o corpo só foi encontrado na manhã deste sábado, segundo guias locais que realizaram as buscas.

“Ficámos surpreendidos com a chuva”, testemunhou Sarah, de 31 anos, residente em França, que fazia caminhadas com dois amigos em Isalo no dia da tragédia.

“Encontrámo-los na piscina natural, no final da caminhada, onde eles se preparavam para sair com o guia. Demos meia-volta, porque estava a começar a chover. O nosso guia fez-nos correr para sair do percurso o mais rápido possível, porque a água estava a subir de repente. Ouvimos uma onda enorme, como um dragão a vir atrás de nós”, disse Sarah.

A estação chuvosa, entre novembro e abril, faz-se sentir em pleno em Madagáscar, mas as chuvas geralmente ocorrem no final do dia.

“Eles ficaram presos”, contou Olivier Rasambahita, de 50 anos, guia turístico em Isalo.

“Eu mesmo nunca vi a água a subir tão rápido, chegou a dois metros em poucos minutos. A chuva caiu de repente, por volta das 13:00, o que nunca acontece. Deixei os meus clientes no estacionamento e voltei para buscar a família e o meu colega foi quando vi os corpos do casal a boiar na entrada do percurso”, adiantou este guia turístico.

A situação surge no momento em que a temporada turística, interrompida por dois anos devido à pandemia, acaba de ser retomada em Madagáscar.

LUSA/HN

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