Numa informação enviada à agência Lusa, a Junta justifica a iniciativa, denominada “Integração”, com o facto de nos últimos anos se assistir a um movimento de chegadas e partidas de imigrantes na freguesia e por considerar ser “necessário o apoio a estas comunidades e a sua monitorização”.
“O projeto ‘Integração’ já estava a ser desenvolvido em fase-piloto desde o início de 2022, sendo que já acompanha sete famílias, totalizando cerca de três dezenas de pessoas”, adiantou aquela autarquia do distrito de Leiria.
Segundo a Junta de Freguesia presidida por João Pimpão, entre os objetivos do projeto estão “integrar, acompanhar e ajudar os imigrantes que vivem na freguesia”, além de conhecer esta população e “monitorizar os fluxos populacionais”.
Este projeto desenvolve-se na freguesia de Meirinhas com base nos recursos técnicos disponibilizados pela APOIAR – Comissão Social Interfreguesias de Carnide, Meirinhas e Vermoil.
A técnica desta comissão, Rita Santos, adiantou que nas Meirinhas há conhecimento de 29 imigrantes, a maioria homens, sendo a nacionalidade preponderante brasileira, seguindo-se a chinesa e a ucraniana. A principal atividade profissional dos homens é a construção, enquanto a das mulheres é a restauração.
De acordo com Rita Santos, os dados sobre o número de imigrantes a residir na freguesia baseiam-se naquilo que é comunicado por “pessoas que sabem que chegou alguém” ou quando os estrangeiros vão pedir atestado de residência por razões laborais.
“Quando temos esse conhecimento, queremos também ter a certeza de que eles vivem nas habitações e acabamos por fazer esse contacto de proximidade, realizar visita e perceber se estão integrados a nível de emprego, se necessitam de ajuda a fazer um currículo ou até na procura de emprego”, declarou.
A educadora social explicou que, além de conhecer os imigrantes, “Integração” quer saber que eventuais necessidades possam ter no âmbito laboral, na saúde ou na educação, para posterior apoio.
Segundo a técnica, do conhecimento que tem trata-se de pessoas bem integradas, notando que a maior dificuldade identificada é o acesso aos serviços.
“Eles não sabem por onde hão de ir e que acabam por precisar da nossa ajuda”, afirmou, referindo que a iniciativa quer, também, incluir os refugiados da Ucrânia que se estão a radicar na freguesia na sequência da invasão russa. Nas Meirinhas, já está instalada uma família refugiada, mulher e três filhos. A mulher já tem emprego e os filhos na escola, precisou a educadora social.
“Integração” poderá ainda vir a ser alargado a outras freguesias, acrescentou Rita Santos.
Os Censos de 2021, do Instituto Nacional de Estatística, indicam que residiam na freguesia quase 1.700 pessoas.
LUSA/HN
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