Segundo a organização, até hoje já deixaram o seu país 5.133.747 ucranianos, mais 48.387 pessoas do que a contagem divulgada na quinta-feira.
Apesar de o número de refugiados continuar a aumentar, a taxa diária é bastante menor agora do que no início da guerra.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), também ligada às Nações Unidas, indicou que mais de 218 mil não ucranianos, principalmente estudantes e trabalhadores migrantes, também deixaram a Ucrânia para países vizinhos, o que significa que mais de 5,25 milhões de pessoas no total fugiram do país desde o início da guerra.
Este é o maior afluxo de refugiados desde a II Guerra Mundial, sendo que cerca de 90% dos que fugiram são mulheres e crianças, já que as autoridades ucranianas não permitem a saída de homens em idade militar.
Os deslocados internos somam mais de 7,7 milhões de pessoas, segundo a OIM, que refere ainda que quase dois terços das crianças tiveram de fugir de suas casas.
Antes do conflito, a Ucrânia era povoada por mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev – entre os quais não se incluem a Crimeia (sul), anexada em 2014 pela Rússia, nem as áreas a leste sob controlo dos separatistas pró-russos há oito anos.
A Polónia continua a ser o país que mais ucranianos recebe, sendo o destino de um em cada seis refugiados e registando já a entrada de mais de 2,8 milhões de pessoas.
Ao mesmo tempo, mais de 800 mil pessoas cruzaram a fronteira polaca para a Ucrânia, número composto por homens ucranianos que viviam naquele país e decidiram juntar-se ao exército ou residentes que regressaram a casa, referiu hoje a guarda fronteiriça da Polónia.
Antes da guerra, cerca de 1,5 milhões de ucranianos viviam na Polónia, a maioria dos quais eram trabalhadores migrantes.
O segundo país que recebeu, até hoje, mais refugiados é a Roménia, para onde fugiram 769.616 ucranianos, enquanto a Rússia acolheu cerca de 578 mil, a Hungria 430 mil e a Eslováquia 350 mil.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
LUSA/HN
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