A iniciativa da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) conta com o apoio da Câmara Municipal de Braga e da Medtronic e tem como objetivo sensibilizar a população para a importância do diagnóstico precoce desta doença silenciosa.
O rastreio, dirigido sobretudo a homens com mais de 65 anos, é constituído por um questionário sobre os fatores de risco do AAA e uma simples ecografia abdominal – um exame indolor e não invasivo, que utiliza ecografia para a obtenção de imagens da aorta, permitindo assim a sua avaliação.
Os rastreios serão realizados por cirurgiões vasculares dentro do camião que estará no estacionamento situado entre o Instituto Ibérico de Nanotecnologia e o Parque Desportivo da Rodovia, na cidade de Braga, que este ano recebe as comemorações do Dia de Portugal, assinalado a 10 de junho.
“É com muita satisfação que anunciamos esta iniciativa de sensibilização, que pretende alertar a população para o AAA, o aneurisma periférico mais frequente mas que continua a ser desconhecido da maioria da população portuguesa”, afirma Clara Nogueira, secretária-geral da SPACV.
“Uma das principais complicações nos doentes com AAA tem a ver com o seu risco de rotura, que apresenta uma taxa de mortalidade entre 65 e 91%. Se o aneurisma não for identificado e tratado a tempo, pode crescer e romper”, alerta a especialista, acrescentando: “A maioria dos doentes com AAA não apresenta qualquer tipo de sinal ou sintoma. Como tal, o rastreio é fundamental para a sua deteção precoce”.
O AAA é uma doença grave que, frequentemente, não apresenta quaisquer sintomas. Trata-se de uma dilatação lenta e progressiva da aorta, a maior artéria do organismo, a qual, quando rompe, origina uma perda de sangue muito grave que pode resultar em morte súbita. Determinados fatores genéticos e ambientais são propensos ao seu desenvolvimento.
O risco é maior nos homens caucasianos com mais de 60 anos, fumadores ou ex-fumadores e com comorbilidades associadas, como hipertensão arterial, doença aterosclerótica e sedentários. Ainda que os fatores genéticos não estejam completamente esclarecidos, sabe-se que 20% dos doentes possuem historial familiar de aneurisma.
PR/HN/RA
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