Dividido em dois momentos, o DVC Summit teve como objetivo juntar profissionais de saúde na discussão da DVC, que, em Portugal, afeta 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos.
Na primeira parte, decorreram em simultâneo duas sessões, com Ruth Almeida, especialista em Medicina Geral e Familiar (MGF), a orientar a discussão “O papel da MGF no tratamento da DVC”, e Roger Rodrigues, especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular, o tema “Intervencionar um doente com DVC”.
A segunda parte envolveu os palestrantes numa discussão que teve como ponto de partida o caso clínico de uma doente. A audiência foi convidada a interagir respondendo a questões através do sistema de televoto.
Em relação à terapêutica, foi referido que o papel dos médicos é atrasar a progressão da doença. Ou seja, o objetivo é evitar que a patologia evolua para estádios mais avançados que retiram grande parte da qualidade de vida dos doentes. Para isso, é necessário medicar, e os venoativos têm um papel indispensável ao longo de toda a vida.
Foi ainda salientada a importância da interação entre ambas as especialidades. Todas as informações que o MGF disponibiliza ao cirurgião vascular quando referencia um utente são fundamentais e ajudam a uma triagem mais rápida.
No final do evento, Ruth Almeida disse que “o peso psicológico das sequelas mais graves desta doença tem um forte impacto não só para a vida do utente, com alterações negativas na qualidade de vida, como também a nível socioeconómico, porque implicam consultas, medicação e tratamento”.
Roger Rodrigues terminou a sua participação destacando a importância da MGF na prevenção: “é um pilar fundamental para o tratamento da DVC porque é nesta especialidade que começa e termina todo o processo”.
O especialista alertou também para a importância de “adaptar todas as medidas”, ou seja, “não seguir apenas guidelines, mas tratar os doentes de forma individualizada”.
PR/HN/RA
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