Programa da Universidade da Beira Interior já abrangeu 130 sobreviventes de cancro

1 de Julho 2022

O Mama-Move - Programa de Exercício Físico Supervisionado para Sobreviventes de Cancro da Mama, desenvolvido pela Universidade da Beira Interior (UBI), abrangeu 130 participantes, desde 2015, anunciou hoje aquela universidade, com sede na Covilhã, distrito de Castelo Branco.

Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a UBI destaca que o programa, desenvolvido pelo Departamento de Ciências do Desporto (DCD), tem como objetivo ajudar na recuperação da doença oncológica através de um programa de exercício estruturado, supervisionado e individualizado.

A UBI sublinha que este projeto “é considerado pioneiro em Portugal, sendo reconhecido pela Direção-Geral da Saúde, pelo seu caráter inovador e sustentação científica, bem como pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, cujo Núcleo Regional do Centro lhe atribuiu a chancela de qualidade”.

“Coordenado por Dulce Esteves e Henrique Neiva, docentes e investigadores do DCD da UBI, o Mama-Move, nestes sete anos de existência, tem alargado os seus parceiros, contando atualmente com o Departamento de Psicologia e Educação da Universidade da Beira Interior (através dos docentes Jorge Costa e Ana Torres) na monitorização do impacto do exercício estruturado na sintomatologia psicopatológica (por exemplo ansiedade e depressão) e funções cognitivas, nomeadamente funções mnésicas e de controlo cognitivo”, refere a informação.

O programa, acrescenta, também conta com a participação da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI (docente Assunção Vaz-Patto), para avaliar de que modo o exercício pode melhorar alterações neurológicas causadas pelos tratamentos oncológicos.

Citada na nota de imprensa, Dulce Esteves indica que “o programa está também a desenvolver parcerias com outros atores na área da saúde (empresas, associações, farmácias, entre outras) que permitam criar uma rede de serviços e produtos integrados para sobreviventes de doença oncológica, em áreas como a nutrição, estética, produtos ortopédicos, entre outros”.

A coordenadora do Mama-Move salienta, igualmente, “os claros ‘outputs’ científicos (artigos científicos, teses de doutoramento e dissertações de mestrado em curso) e de intervenção na comunidade, onde se destacam os benefícios na aptidão física e capacidade motora funcional, os benefícios sociais e psicológicos, que conduzem a uma melhor qualidade de vida”.

A informação aponta que o Mama-Move tem inscrições abertas e aceita novos participantes a partir de setembro.

LUSA/HN

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