Universidade da Beira Interior desenvolve investigação terapêutica sobre tumor

16 de Julho 2022

A Universidade da Beira Interior (UBI) está a desenvolver uma investigação que procura encontrar novas abordagens terapêuticas para o glioblastoma (GBM), tumor na medula espinhal ou no cérebro, afetando o Sistema Nervoso Central.

Em nota de imprensa esta sexta-feira divulgada, a UBI, sediada na Covilhã (distrito de Castelo Branco), indica que a investigação é liderada Cecília Santos, do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS-UBI), e conta com os contributos de Isabel Gonçalves, José Cascalheira e Sílvia Socorro, que também integram aquele centro.

“Com a designação de ‘Investigação sobre o papel do recetor glicosensor T1R3 nas características do glioblastoma (STARvE)’, o trabalho tem um caráter pioneiro por estudar pela primeira vez na biologia do cancro o recetor T1R3, existente em células de vários órgãos do corpo humano, avaliando ‘in vitro’ o seu potencial como alvo terapêutico para o tratamento do GBM”, refere a UBI.

A investigadora principal, Cecília Santos, detalha, citada na nota de imprensa, que “o projeto tem um forte potencial ao nível da transferência de conhecimento”, por se estar perante a identificação de um alvo terapêutico potencial para um tipo de cancro do cérebro ainda sem cura.

“Além disso, o projeto permitirá avanços significativos no conhecimento atual sobre neurooncologia e oncometabolismo”, sublinha.

Ainda de acordo com a investigadora do CICS-UBI, é admissível que o STARvE “consolide dados preliminares obtidos com linhas celulares de glioblastoma, que a inibição deste recetor reduz o número de células proliferativas e a sua migração, através da análise de um número maior de linhas celulares e amostras humanas de tumores”.

“O trabalho espera também elucidar os mecanismos que fazem com que a inibição deste recetor reduza a proliferação e migração das células”, adianta.

Além disso, “será avaliado o envolvimento deste recetor na regulação de outras características destas células que determinam a sua forte capacidade invasiva, como a angiogénese, resistência à apoptose e invasão, e a reprogramação metabólica”, acrescenta.

A UBI frisa ainda que a importância do STARvE valeu a Cecília Santos uma bolsa de investigação em Oncologia Dr. Rocha Alves, no valor de 10.000 euros, atribuída pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, através do Núcleo da Região Centro, com a duração de um ano.

LUSA/HN

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