Tailândia regista primeiro caso de varíola dos macacos

22 de Julho 2022

 A Tailândia registou esta sexta-feira o primeiro caso comunitário de varíola dos macacos, anunciaram as autoridades de saúde do país, o segundo do sudeste asiático a registar a doença, depois de Singapura.

O caso foi detetado na ilha turística de Phuket, no sudoeste tailandês, disse o diretor-geral do Departamento de Controlo de Doenças, Opas Karnkawinpong, que descreveu o paciente como um homem de 27 anos, de nacionalidade nigeriana, que tinha sintomas há mais uma semana.

O paciente foi a um hospital de Phuket no sábado, onde foram recolhidas amostras de sangue, cuja análise confirmou dias depois que estava infetado com a varíola dos macacos.

O homem, que não estava hospitalizado, está desaparecido desde quinta-feira, com a polícia a tentar localizá-lo.

No final de maio, a Tailândia tinha detetado um caso de varíola dos macacos num viajante em trânsito, que partiu da Austrália e tinha um país europeu como destino final.

O Comité de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Monkeypox esteve reunido na quinta-feira para avaliar se o surto cumpre os critérios para ser declarado como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou-se preocupado com o número crescente de infeções, adiantando que já foram reportados à organização mais de 14 mil casos de 71 países das seis regiões da OMS.

Uma emergência de saúde pública pode ser declarada quando uma doença contagiosa se espalha incontrolavelmente em muitos países, exigindo que os governos adotem medidas preventivas especiais para impedir a sua propagação.

Além de Singapura, onde já existem seis infetados, outros países da Ásia que detetaram o vírus são a Coreia do Sul e Taiwan; enquanto na Oceânia, a Austrália confirmou 19 casos e a Nova Zelândia detetou 12 pacientes.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

As lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem.

LUSA/HN

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