Ex-conselheiro de Putin alegadamente internado em hospital europeu

2 de Agosto 2022

Um antigo conselheiro de alto nível do Presidente russo que deixou a Rússia depois da invasão da Ucrânia está alegadamente desde domingo nos cuidados intensivos de um hospital europeu por uma doença neurológica.

Segundo o testemunho na rede social Telegram de uma amiga próxima da família de Anatoli Chubais, o ex-conselheiro de Vladimir Putin sofre da síndrome de Guillain-Barré e encontrava-se num hospital europeu.

Trata-se de uma doença rara que afeta o sistema imunitário do corpo, ataca os nervos e causa fraqueza dos músculos.

Chubais, que renunciou ao cargo de conselheiro em março, não especificou o motivo da demissão, que se presumiu ser devido ao início da ofensiva militar russa a 24 de fevereiro.

Com uma boa reputação na Rússia, Chubais ocupou altos cargos desde o início dos anos 90, quando supervisionou os esforços de privatização levados a cabo por Boris Ieltsin e recentemente tinha sido o enviado especial de Putin a organizações internacionais para debater sobre desenvolvimento sustentável.

A sua saída representou a demissão oficial de mais alto nível, até então.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,9 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A organização internacional tem observado o regresso de pessoas ao território ucraniano, mas adverte que estão previstas novas vagas de deslocação devido à insegurança e à falta de abastecimento de gás e água nas áreas afetadas por confrontos.

Também segundo as Nações Unidas, mais de 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

LUSA/HN

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