A 2.ª fase da construção do novo Hospital da Madeira vai ser adjudicada este mês

1 de Setembro 2022

A segunda fase da obra de construção do novo Hospital da Madeira deve ser adjudicada ainda este mês e tem um prazo de execução de dois anos, afirmou hoje o secretário Equipamentos e Infraestruturas do executivo madeirense.

“Contamos adjudicar a segunda fase [do projeto da construção do novo Hospital Central e Universitário da Madeira] ainda neste mês de setembro”, disse Pedro Fino à margem da visita que efetuou com o secretário regional da Saúde às obras de requalificação do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

O governante adiantou que a primeira fase da obra, concernente à escavação de terrenos e contenção periférica, “está quase na fase final”.

O governo madeirense prevê que o início da segunda fase, que diz respeito a trabalhos de estrutura de betão armado, alvenarias e arranjos exteriores, tenha início “ainda este ano”, adiantou.

“A segunda fase tem uma duração prevista de cerca de dois anos. Contamos iniciar em novembro deste ano. Depois da adjudicação tem de ir ao Tribunal de Contas e contamos terminar em 2024”, apontou Pedro Fino.

O responsável considerou que este projeto está a decorrer de acordo com “aquilo que está programado e planeado na obra do novo hospital”.

“O projeto decorre dentro da normalidade excetuando aquela parcela que se encontra bloqueada ainda”, mencionou.

Em causa estão os ex-proprietários de quatro moradias construídas num terreno comum com cerca de seis mil metros quadrados, que não concordam com o montante da expropriação, estabelecido em cerca de 1,4 milhões de euros.

Em 17 de junho, a Direção do Património da Madeira indicou que a região é a “legítima proprietária” desta parcela de terreno na área onde está a ser construído o novo hospital do arquipélago, cujos anteriores proprietários se recusam a desocupar.

“Neste momento, a parcela é indispensável à continuidade dos trabalhos”, disse a diretora regional, Élia Ribeiro, em declarações à comunicação social no local, explicando que o impasse resulta do facto de os expropriados não estarem de acordo em desocupar o terreno.

A obra do novo Hospital Central e Universitário da Madeira está orçada em cerca de 340 milhões de euros e o Governo da República assegura o cofinanciamento em 50% da construção, fiscalização da empreitada e aquisição de equipamento médico e hospitalar.

A nova unidade hospitalar, localizada na freguesia de São Martinho, nos arredores do Funchal, abrange uma área de 172 mil metros quadrados e terá 607 camas, sendo 79 de cuidados intensivos e 503 destinadas a internamento geral, 11 salas de cirurgia, um parque de estacionamento com capacidade para quase 1.200 automóveis e um heliporto.

O projeto integra também um hospital de dia oncológico pediátrico.

Em maio de 2021, quando começaram os trabalhos de terraplanagem, o Governo Regional (PSD/CDS-PP) anunciou ter gastado 26 milhões de euros em expropriações de parcelas.

LUSA/HN

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