Após ter sido recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da APTAS adiantou à Lusa que a audiência pretendeu sensibilizar o chefe de Estado para, quando o diploma chegar a Belém para promulgação, o “despache o mais rápido possível, mas com olhar crítico” com base nas pretensões dos profissionais.
De acordo Adão Rocha, em causa está a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, que já existiu até 2008, ano em que esses trabalhadores passaram para as carreiras gerais do Estado.
Segundo adiantou, em causa estão cerca de 30 mil trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde, número que sobe para perto de 150 mil com os setores privado e social, incluindo os lares, onde muitos desses profissionais “trabalham desamparados e sem qualquer apoio de enfermagem”.
A APTAS pretende que a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde seja alocada nas carreiras de assistentes técnicos e que não fique no âmbito da categoria de assistentes operacionais, explicou o dirigente da APTAS, ao recordar que o Programa do Governo contempla essa pretensão.
“Com a queda da ministra [da Saúde, Marta Temido], este processo vai demorar mais um bocadinho, mas queremos querer que até ao final do ano o processo tenha um desenvolvimento grande para que possamos entrar em 2023 com a carreira definida e publicada” em Diário da República, referiu.
A APTA pretende agora reunir-se com o novo ministro da Saúde, com Adão Rocha a acreditar que Manuel Pizarro “estará sensibilizado para esta questão, porque é médico de profissão”.
No final de junho, num debate parlamentar, o primeiro-ministro, António Costa, assegurou que a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde está prevista no Orçamento do Estado para 2022.
Já no final de julho, fonte sindical adiantou que as negociações entre Governo e sindicatos para a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde deveriam iniciar-se este mês, depois de o Ministério enviar o protocolo negocial.
LUSA/HN
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