“Este ano, com a cooperação das quatro associações de pessoas com deficiência em São Tomé e Príncipe – deficientes motores, cegos, surdos e mudos e os albinos – e com a cooperação da associação de taxistas, temos em todos os distritos, em cada distrito, dois taxistas” a transportar as pessoas portadoras de deficiência até aos locais de voto, disse à imprensa Elisabete Azevedo-Harman, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
As próprias associações das pessoas com deficiência fizeram o mapeamento, em conjunto com o PNUD, para identificar onde essas pessoas vivem e quais as dificuldades que tinham.
“A associação de taxistas de São Tomé e Príncipe está a ser fantástica porque estão a ir buscar as pessoas a casa e depois levam a cabine ao sítio onde está a pessoa de cadeira de rodas”, exemplificou a responsável, indicando que o PNUD mandou fazer cabines de voto adaptadas a cadeiras de rodas, mas não foi possível colocar em todo o país.
“É algo que nós impulsionámos, mas na verdade são as associações de pessoas com deficiência de São Tomé e Príncipe com a Associação Nacional dos Taxistas que estão neste momento a fazer”, acrescentou.
Elisabete Azevedo-Harman deu o exemplo de um jovem “com 20 e poucos anos”, surdo-mudo, que nunca tinha votado porque tinha medo de ir à assembleia de voto.
“É uma questão de orgulho ter cartão de eleitor. Houve uma senhora que nos disse que a questão do cartão de eleitor é uma maneira de mostrar que é igual aos outros e, portanto, muitas destas pessoas têm cartão de eleitor e estão a ir votar”, referiu.
LUSA/HN
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