“Os países mais ricos e as instituições financeiras internacionais devem apoiar os países em desenvolvimento para que possam concretizar esses investimentos cruciais”, apontou António Guterres na sua intervenção por videoconferência perante a Cimeira Mundial da Saúde que decorre em Berlim.
Guterres destacou a má preparação da larga maioria dos países do mundo para abordarem uma crise sanitária.
“As mulheres são as mais afetadas. Suportam uma maior carga de cuidados nas famílias e como trabalhadores de primeira linha”, para além de se confrontarem com redes de cuidados de saúde “inadequadas”, argumentou.
A Covid-19, e atualmente a crise alimentar, de energia e financeira provocadas pela invasão russa da Ucrânia ameaçam os 17 objetivos de Desenvolvimento sustentável e os esforços para redução da pobreza.
“Temos de reequilibrar o multilateralismo e reforçar a cooperação global”, disse Guterres.
O secretário-geral da ONU considerou anda que “o desequilibrado sistema financeiro global está a falhar no mundo em desenvolvimento”.
“Isto deve mudar. Todo o mundo necessita de acesso inclusivo, imparcial e equitativo aos serviços de saúde, à cobertura sanitária universal”, incluindo serviços de saúde mental, enfatizou. “A boa saúde é a base para uma sociedade pacífica e estável”, acrescentou.
LUSA/HN
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