OMS reconstrói espaço de três incineradoras de resíduos hospitalares na Guiné-Bissau

19 de Outubro 2022

A Organização Mundial de Saúde (OMS) entregou hoje ao Governo da Guiné-Bissau incineradoras de resíduos hospitalares em Bissau, Bafatá e Buba, cujos espaços foram requalificados para garantir maior segurança na sua eliminação.

“As incineradoras fazem parte das técnicas de eliminação dos resíduos, apesar de não serem as mais ambientalmente amigáveis. Mas são muito eficazes na resposta de surtos de doenças infecciosas, tais como Ébola, cólera ou covid-19”, afirmou o representante da OMS, em Bissau, Jean-Marie Kipela.

O representante da agência da ONU falava em Bissau durante a entrega da incineradora, que está localizada nos terrenos do antigo Hospital 03 de Agosto.

“A incineração permite eliminar resíduos hospitalares e toda a sua perigosidade que pode ser física de perfuração ou corte, biológica de contaminação com organismos patogénicos ou ainda química com inalação ou acidentes com os vários compostos utilizados no diagnóstico e assistência médica”, salientou Jean-Marie Kipela.

O representante da OMS disse também que já está ser trabalho, com outros parceiros, a definição de protocolos para a eliminação dos resíduos farmacêuticos.

As três incineradoras vão permitir acondicionar “temporariamente” e eliminar os resíduos hospitalares perigosos do Setor Autónomo de Bissau e das regiões de Bafatá e Quinara.

O ministro da Saúde, Dionísio Cumba, salientou que a gestão dos resíduos hospitalares é uma das “preocupações” do Governo porque as incineradoras estavam em avançado “nível de degradação” e “sem condições para fazer uma incineração em segurança”.

“Eu, que sou cirurgião, posso testemunhar a grande deficiência que o país tem na eliminação desses resíduos, cuja maior parte acaba por ir parar ao lixo urbano, o que constitui um risco muito grande para a população”, afirmou.

LUSA/HN

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