“(…) queremos salvaguardar e dar a conhecer aos portugueses e ao senhor Ministro da Saúde (…) que todos os pedidos e prescrições médicas urgentes recebidos pelos farmacêuticos nas farmácias hospitalares tiveram resposta por parte dos farmacêuticos e que os serviços mínimos, definidos por lei – onde se incluem os inícios de tratamentos oncológicos considerados urgentes – têm estado assegurados em todas as circunstâncias”, escreveu o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, “surpreendido, no segundo dia da primeira fase da Greve dos Farmacêuticos do SNS, com as declarações do Senhor Ministro da Saúde, Dr. Manuel Pizarro”.
“Salientamos, aliás, que tendo o pré-aviso de greve sido apresentado com a antecedência legal definida, não foi solicitado a este sindicato nenhuma reunião para alteração dos serviços mínimos”, informou o sindicato.
E prosseguiu: “Muito estranhamos que não haja da parte do Senhor Ministro da Saúde a mesma preocupação com os adiamentos e continuação destes mesmos tratamentos, quando estes são adiados ou interrompidos por falta de recursos humanos, de equipamentos, meios complementares de diagnóstico ou de condições logísticas adequadas para administração dos tratamentos”.
“A luta que os farmacêuticos do SNS estão a travar já se arrasta há muitos anos e durante todo este tempo nunca os farmacêuticos deixaram de colocar os doentes em primeiro lugar, mesmo com limitações e dificuldades no seu local de trabalho e com sacrifícios pessoais, cumprindo sempre escrupulosamente os mais altos princípios éticos e deontológicos”, afirmou o sindicato, recordando que “esta é a primeira greve realizada pelos farmacêuticos há mais de 30 anos”.
Após “várias tentativas” para encontrar uma solução que impedisse a greve, foram “forçados a avançar neste caminho”.
“Neste momento queremos resolver o problema e uma vez que a segunda fase da greve está agendada para o próximo mês, apelamos ao Senhor Ministro da Saúde, Dr. Manuel Pizarro, para que demonstre a sua boa vontade e resolva os problemas destes 1200 farmacêuticos portugueses”, pode ler-se no comunicado de imprensa.
Por último, o sindicato alertou que é preciso que o Governo “invista na valorização dos farmacêuticos e da atividade farmacêutica no SNS”.
Por isso, a “decisão está nas mãos do Governo”.
PR/HN/Rita Antunes
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