A paralisação vai decorrer entre as 08:00 e as 00:00 dos dias 17, 18, 22 e 23 de novembro, sendo que no dia 18 os enfermeiros se juntam à greve da Função Pública.
Dirigentes deste sindicato entregaram na terça-feira no Ministério da Saúde um pedido de continuação do processo negocial com o Governo, e anunciaram greves em protesto contra a “discriminação negativa” dos enfermeiros, disse Lusa o presidente do SEP, José Carlos Martins.
“O Ministério da Saúde continua a não assumir claramente o pagamento de retroativos desde 2018 e a não corrigir as injustiças relativas. Não há qualquer justificação para que o Ministério não assuma claramente isto”, disse José Carlos Martins.
Segundo José Carlos Martins “os funcionários públicos foram posicionados e receberam (retroativos) desde janeiro de 2018”, mas no caso dos enfermeiros “o Ministério da Saúde atrasou quatro anos esta contagem de pontos e agora diz que é muito dinheiro e que não pode pagar desde 2018”.
No dia 9 de novembro, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, explicou à Lusa que cerca de 20 mil enfermeiros serão abrangidos pelo descongelamento da progressão salarial negociada com os sindicatos, com o pagamento dos retroativos a janeiro deste ano e a “subida de uma ou de duas posições remuneratórias”.
Ao mesmo tempo, o SEP pede equidade salarial com os licenciados da Função Pública.
O dirigente sindical argumenta que o Governo e o Ministério da Saúde “discriminam” os salários dos enfermeiros “ao terem uma remuneração inferior aos outros licenciados da função pública”, algo que não acontecia desde 1991, e lembra que em janeiro de 2022 a posição remuneratória dos licenciados foi valorizada e a dos enfermeiros não.
O SEP assegura que vai cumprir os serviços mínimos e explicou que as restantes estruturas sindicais não se juntam às greves dos dias 17, 22 e 23 de novembro.
LUSA/HN
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