De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde, divulgado hoje, “de norte a sul do país, são 176 os centros de saúde a funcionar com horários de atendimento alargado (dias úteis) ou complementar (fim de semana e feriados), disponibilizando uma resposta de proximidade à comunidade em situações de saúde não emergente”.
Este aumento da capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários pretende responder à maior procura da população nos meses de outono e inverno, e diminuir a afluência aos serviços de urgência em situações não emergentes.
Na última semana, registou-se uma procura mais elevada das urgências hospitalares, sobretudo nas do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde os doentes urgentes (pulseira amarela) tiveram de esperar, na terça-feira de manhã, uma média de 14 horas para serem atendidos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos.
Na quarta-feira, o ministro Manuel Pizarro apresentou o Plano Estratégico do Ministério da Saúde: Resposta Sazonal em Saúde – Inverno 2022-2023, dando conta que os centros de saúde iriam ter horário alargado ou com atendimentos suplementares e que o portal do SNS (Serviço Nacional de Saúde) disponibilizaria essa informação atualizada diariamente.
A ideia é que as pessoas tenham um acesso fácil à informação de que serviços de saúde estão abertos e possam acorrer a esses locais, evitando a sobrelotação das urgências hospitalares.
Na altura da apresentação do plano, o governante indicou que estavam abertos 36 centros de saúde com horário alargado na região de Lisboa e Vale do Tejo, e mais “quatro ou cinco” na região Norte.
Hoje são já 176 as unidades de cuidados de saúde primários com horário alargado, cuja informação está em constante atualização na área dedicada ao plano de inverno no portal do SNS.
A nota do Ministério da Saúde destaca ainda a importância de os utentes ligarem primeiro o serviço SNS 24 (808 24 24 24), para uma triagem e encaminhamento adequado de cada situação, para uma resposta mais célere e também para o melhor planeamento da atividade do SNS.
Segundo a tutela, está também em curso a operacionalização da “Via Verde ACeS” nos Serviços de Urgência (SU), existindo já protocolo celebrado com 24 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS), de um total de 55, em articulação com unidades hospitalares.
Esta resposta permite que os utentes não urgentes – ou seja, pulseira branca, azul ou verde – sejam encaminhados dos hospitais para os centros de saúde, com data e hora previamente definidas, sendo atendidos, no máximo, em 24 horas.
A caminho do inverno, o Ministério da Saúde pede a todos os cidadãos elegíveis, que se vacinem contra a gripe sazonal e COVID-19. A modalidade casa aberta, que dispensa marcação, está desde esta semana disponível para maiores de 65 anos.
LUSA/HN
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