Numa conferência de imprensa no Palácio de Sant’ Ana, sede da presidência do Governo Regional, em Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro revelou que foi aberto um “protocolo negocial” com os sindicatos médicos devido às reivindicações dos profissionais, nomeadamente quanto a horas extraordinárias, e acrescentou que os conselhos de administração dos três hospitais da região (Ponta Delgada, Horta e Angra do Heroísmo) garantiram que as escalas de urgência “da primeira semana de dezembro estão asseguradas”.
“Os chefes de serviço de urgência [do hospital de Ponta Delgada] estavam, até hoje, sem conhecer a situação [início de um protocolo negocial e escalas de urgência asseguradas]. Ficariam responsáveis por algum vazio [nas escalas]. Tenho esperança de que naturalmente ficam confortados, até pelo seu sentido de responsabilidade já demonstrado, quando se verificar que a escala não está em branco”, afirmou José Manuel Bolieiro, chefe do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Quanto ao protocolo negocial aberto na terça-feira numa reunião entre o presidente do executivo e os sindicatos, Bolieiro explicou que será “abrangente”, envolvendo várias questões, e adiantou que a primeira ronda negocial está marcada para quarta-feira, 07 de dezembro, às 10:30, na ilha Terceira, no gabinete do secretário regional da Saúde.
Na edição de hoje, o diário Açoriano Oriental escreve que 10 chefes de equipa do Serviço de Urgência do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) “pediram a demissão” por considerarem “não estarem reunidas as condições mínimas para que sejam prestados os melhores cuidados aos utentes” que recorrem à urgência daquela unidade de saúde.
Há duas semanas, cerca de 400 médicos (191 do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada) manifestaram indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas de trabalho extraordinário obrigatórias por lei, reclamando um pedido de desculpas do vice-presidente do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Artur Lima afirmou na que não teve “intenção de ofender os médicos” nas declarações feitas sobre o trabalho extraordinário, após ter sido criticado pelo PAN, BE e PS no parlamento regional.
O vice-presidente tinha afirmado em 11 de novembro que os médicos “não podem usar o dinheiro como moeda de troca para dispensar” a prestação de cuidados.
LUSA/HN
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