Radiografia da embolia pulmonar em Portugal

1 de Fevereiro 2023

Com apoio científico da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, um grupo de investigadores iniciou um registo clínico de doentes – Pulmonary Embolism Regional Registry (PERR).

O PERR é um estudo observacional prospetivo multicêntrico de doentes com diagnóstico de embolia pulmonar, com o objetivo principal de conhecer a incidência, os fatores de risco, a abordagem diagnóstica e o tratamento agudo e a longo prazo da embolia pulmonar em Portugal.

A embolia pulmonar é a apresentação clínica mais grave do tromboembolismo venoso e uma das principais causas de morbilidade e mortalidade cardiovascular, ultrapassada apenas pelo acidente vascular cerebral e pelo enfarte agudo do miocárdio. A incidência de episódios de embolia pulmonar tem vindo a aumentar em Portugal nos últimos anos, sendo atualmente estimada em 39 por 100 mil habitantes, com tendência crescente, especialmente nas pessoas com mais de 80 anos e com doença oncológica.

“Pretendemos fazer uma radiografia completa da embolia pulmonar no nosso país de forma a podermos contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos doentes. Este estudo irá também proporcionar um conhecimento mais aprofundado da nossa realidade e contribuir para uma organização de uma rede de cuidados de saúde mais estruturada e mais eficaz, que irá certamente beneficiar estes doentes”, afirma Carolina Guedes, coordenadora do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar da SPMI e coordenadora do PERR.

Com uma duração prevista de três a cinco anos, a fase piloto arrancou em julho de 2022, na zona norte do país, em sete centros: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Hospital da Luz Arrábida, Hospital de Santa Luzia – Unidade Local de Saúde do Alto Minho e no Hospital Pedro Hispano – Unidade Local de Saúde de Matosinhos.

“Nesta fase piloto foram, até ao momento, incluídos cerca de 160 doentes e o objetivo passa agora por alargar a abrangência geográfica do estudo a outros centros a nível nacional”, conclui Carolina Guedes.

PR/HN/RA

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