Em declarações à agência Lusa, a presidente do Conselho de Administração do CHBV, Margarida França, esclareceu que a nova unidade, constituída por uma equipa com dois médicos, vai trabalhar três tardes por semana e, numa primeira fase, irá fazer apenas “cateterismos programados”, que até agora, obrigavam à deslocação dos doentes para Coimbra, ou para o Porto.
“Nós não fazemos cateterismos de doentes em situação urgente. Neste momento, vamos apenas começar com cateterismos programados. Para fazer o urgente, teríamos que estar a trabalhar 24 horas e não temos médicos suficientes”, disse Margarida França, após uma visita à nova unidade que entrou hoje em funcionamento, com a admissão para realização de cateterismo de três doentes.
Margarida França referiu ainda que não houve um investimento de raiz na criação da Unidade de Cardiologia de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular, uma vez que se tratou de um “upgrade” à sala de colocação dos “pacemakers”.
Na mesma ocasião, a diretora do serviço, Ana Briosa Neves, explicou que a nova unidade vai permitir fazer entre 800 a mil cateterismos por ano em doentes internados, que não têm de fazer cateterismo de urgência, e em doentes provenientes da consulta externa.
“Todos os dias, dois doentes nossos, que estão internados, deslocam-se ao Porto ou a Coimbra para fazer cateterismo programado”, disse Ana Briosa Neves, adiantando que esta valência implica uma “grande poupança” nas despesas de transporte dos doentes.
A mesma responsável referiu ainda que a expectativa é que o CHBV possa começar a realizar cateterismos de urgência no prazo de dois anos, que é o tempo que demora a especialização destes médicos.
“Dentro de dois anos, vamos aumentar a equipa de médicos e começar a funcionar 24 horas e então teremos a cobertura 24 horas da doença coronária na zona toda do centro hospitalar”, afirmou.
A visita às instalações da nova unidade contou ainda com a presença do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, que escusou-se a responder a quaisquer questões dos jornalistas.
LUSA/HN
0 Comments