Num esclarecimento enviado à agência Lusa a propósito de denúncias sobre falhas no transporte de doentes do CHMA para outras unidades, o conselho de administração deste centro hospitalar admitiu que “foi aberto um procedimento concursal urgente”, mas que este ficou deserto, o que obrigou à abertura de um novo.
De acordo com a resposta, o procedimento concursal visou “todas as corporações de bombeiros dos três municípios da área de influência” do CHMA, ou seja Vila Nova de Famalicão (no distrito de Braga), Santo Tirso e Trofa (distrito do Porto).
“Por esse facto, foi, entretanto, aberto um novo concurso público, que se concluirá no final da próxima semana. Os transportes não urgentes de doentes têm sido, entretanto, todos assegurados por várias entidades (corporações de bombeiros e entidades privadas), com estabelecimento de prioridades, de acordo com critérios clínicos”, refere o CHMA, garantindo que, apesar dos constrangimentos, o serviço tem sido assegurado.
“Nunca esteve em causa a segurança dos doentes, sendo certo que, por vezes, a demora do transporte de doentes não urgentes é superior à desejável”, lê-se no esclarecimento que surge depois de nesta madrugada ter sido denunciada, através da rede social Facebook, uma situação que envolvia um jovem a transportar do Hospital de Famalicão para outra unidade hospitalar.
Na publicação ilustrada com uma fotografia do serviço de urgência, é referido que foram contactados os Bombeiros Voluntários de Famalicão, os Famalicenses, os de Santo Tirso, Riba d’Ave e Viatodos e que a resposta obtida foi que o CHMA estava em incumprimento de pagamentos.
“O CHMA não tem dívidas em atraso a nenhuma corporação de bombeiros. Os pagamentos são feitos com regularidade, cumprindo os prazos acordados”, diz, na resposta à Lusa, o CHMA.
A agência Lusa contactou várias corporações de bombeiros das zonas citadas, mas não obteve resposta.
Já fontes da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Federação de Bombeiros de Braga comentaram que atrasos no pagamento a corporações “são transversais a todo o país e em várias situações”, mas recusaram comentar esse caso em específico.
LUSA/HN
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