Este encontro organizado pela Ordem dos Nutricionistas teve como tema central os Serviços de Nutrição nas novas ULS do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e contou com a presença de Francisco Goiana da Silva, membro do Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS. De referir, ainda, a conferência intitulada “Instrumentos de Gestão: orientações que preditam as boas práticas”, a cargo de Joana Seringa, da Escola Nacional de Saúde Pública.
No debate, conduzido por Graça Raimundo e Francisco Goiana da Silva, foram realçadas as vantagens da implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade nestes serviços, de haver uma necessária cooperação e articulação entre o Serviço de Nutrição e os restantes serviços das ULS, bem como a sua valorização, para a qual é necessária uma definição de indicadores de contratualização, levado a cabo por Clara Matos, Graça Ferro, Hugo de Sousa Lopes, Raquel Arteiro, Rosária Rodrigues e Verónica Túbal.
Para Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, é um tema “de grande pertinência”. “A criação das novas ULS e a organização dos respetivos Serviços de Nutrição implica a existência de um conjunto de instrumentos de gestão para a implementação de cuidados de saúde integrados, de modo a assegurar os cuidados nutricionais necessários aos utentes, mas em simultâneo contribuir para a sustentabilidade do SNS”, acrescentou.
No passado mês de março, decorreu na Direção Executiva do SNS a apresentação pública do Manual para a implementação de Serviços de Nutrição nas ULS.
Ainda no âmbito de um protocolo estabelecido com a Direção Executiva do SNS, foi nomeada na Ordem dos Nutricionistas uma Equipa Coordenadora Nacional para auxiliar e disponibilizar linhas de orientação para a criação dos Serviços de Nutrição nas novas ULS.
Apenas 2% do total de despesas em saúde é gasto a prevenir que as pessoas fiquem doentes, valor abaixo da média da OCDE, que “demonstra que o SNS necessita de uma mudança profunda para dar resposta aos desafios epidemiológicos da atualidade”, sublinha o comunicado de imprensa da Ordem dos Nutricionistas.
“Com as novas ULS prevê-se um maior reforço dos cuidados de saúde primários, pelo que este poderá ser o momento de viragem na construção de um país mais saudável e resiliente através de uma maior aposta na promoção da saúde e prevenção da doença”, afirma a Ordem.
PR/HN/RA
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