Este ano, o galardão da Associação Portuguesa de Bioética será entregue ex aequo ao Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) e ao seu presidente, Gilberto Igrejas, em reconhecimento do trabalho desenvolvido por este organismo na área da educação para a saúde e da luta contra o alcoolismo.

Em destaque está o projeto IVDP+Educa, que será implementado nos concelhos da região do Douro, Porto e Vila Nova de Gaia, com o objetivo de “promover um maior conhecimento sobre o vinho entre os mais jovens”, naquela que é a mais antiga região demarcada do mundo.

“Este projeto é um exemplo a seguir neste e em outros domínios relacionados com a medicina preventiva e com a adoção de estilos de vida saudáveis”, justifica Rui Nunes, professor catedrático e diretor do Centro de Bioética da FMUP, a quem caberá entregar a distinção.

Com a atribuição deste Prémio, pretende-se demonstrar que “é possível, através de uma estratégia concertada e do envolvimento de diferentes agentes da sociedade civil, mudar comportamentos e promover uma sociedade mais saudável”.

“Educar para o consumo responsável de álcool é a melhor forma de efetuar prevenção de determinadas doenças, neste caso relacionadas com um consumo excessivo de álcool”, afirma.

Rui Nunes, que é também responsável da International Chair in Bioethics (ICB), com sede na FMUP, e presidente da Associação Portuguesa de Bioética, acredita que “a escola é o local prioritário para implementar ações desta natureza, que se associam a um elevado impacto na formação dos jovens e na alteração do seu estilo de vida, com previsível impacto nas gerações vindouras”.

Atribuído pela primeira vez em 2007, o Prémio Nacional de Bioética “pretende galardoar uma personalidade de reconhecido mérito científico”. Em 2021, o galardão foi atribuído, em conjunto com a FMUP, ao Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, ex-coordenador do Plano de Vacinação contra a COVID-19 em Portugal.

PR/HN