Esta unidade, que agrega o Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central e o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), foi a única agora criada na região e juntou-se às já existentes do Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Litoral Alentejano.
“Com a criação da ULSAC, todas as entidades da região passam a ter este modelo”, realçou à agência Lusa a presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, Maria Filomena Mendes, em meados de novembro passado.
A nova ULSAC, segundo o decreto-lei de novembro passado que prevê a criação desta e outras unidades, tem natureza de entidade pública empresarial e a sua sede no Largo do Sr. da Pobreza, em Évora, ou seja, no edifício do HESE.
A ULSAC gere o hospital de Évora e os centros de saúde dos 14 concelhos do distrito.
A Lusa contactou o Gabinete de Comunicação e Marketing da ULSAC para obter declarações do presidente desta nova Unidade Local de Saúde, Vítor Fialho, que já liderava a administração do HESE.
Porém, o gabinete remeteu as declarações para quando for publicada a nomeação do novo Conselho de Administração da entidade.
Num comunicado publicado na semana passada, na sua página de Internet, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde divulgou a nomeação dos membros de administrações de 13 Unidades Locais de Saúde (ULS) e do Instituto Português Oncologia (IPO) de Coimbra.
Da lista não consta a ULSAC, mas a nota indicava que as restantes administrações iriam ser nomeadas nos dias seguintes, “aguardando-se as competentes avaliações da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública”.
Entretanto, uma fonte da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde revelou à Lusa que o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Nuno Jacinto, será o novo diretor clínico para os cuidados de saúde primários da ULSAC.
Outra das novidades desta reforma na região foi a alteração da designação da entidade que gere os hospitais de Portalegre e Elvas e 16 centros de saúde no distrito (um em cada concelho, exceto Ponte de Sor, que tem dois), passando a Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA) em vez de Norte Alentejano.
Além desta alteração, a ULSAA integrou o Laboratório de Saúde Pública do Alto Alentejo, que era gerido pela Administração Regional de Saúde, e o Conselho de Administração passou a ter um sexto elemento, com a designação de Ana Briosa para diretora clínica para a área dos cuidados de saúde primários.
Uma outra alteração nesta USL ocorreu em Elvas com a classificação da Unidade Saúde Familiar modelo B, que, explicou à Lusa uma fonte da ULSAA, permite “aumentar a produção” por parte do corpo médico e facilitar o acesso a programas financeiros inseridos no Plano de Recuperação e Resiliência.
Na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, 13 centros de saúde no distrito (com exceção de Odemira), a Unidade de Saúde Familiar de Beja e uma Unidade de Saúde Pública, não se registaram agora mudanças no funcionamento.
A mais recente foi já em julho passado quando Luís Coentro foi nomeado diretor dos cuidados de saúde primários, passando, desde então, a integrar o Conselho de Administração desta unidade.
Também não há mudanças a registar na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), que gere o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, os centros de saúde de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no de Beja, e uma Unidade de Saúde Pública.
No primeiro dia do ano os serviços de saúde no continente ficaram organizados em 39 ULS, com a criação de 31 novas unidades (a somar às oito já existentes), que têm como objetivo integrar numa mesma estrutura a gestão financeira e dos cuidados prestados pelos centros de saúde e pelos hospitais de referência. Paralelamente, serão extintas as Administrações Regionais de Saúde.
LUSA/HN
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