“O Livre não se revê na visão de quem pergunta o que não funciona no SNS, sabemos muito bem o que não funciona. Também não se revê num discurso catastrofista que quer preparar o terreno à privatização parcial do SNS”, disse Rui Tavares, no final de um encontro com responsáveis do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), em Lisboa.
O cabeça de lista do Livre pelo círculo de Lisboa considerou que os “problemas do SNS têm a ver com a necessidade de investimento no seu capital humano, que é a infraestrutura mais importante”, e acrescentou: “É verdade que houve um aumento do orçamento, mas que não foi transferido para os profissionais de saúde”.
Rui Tavares alertou para necessidade de existir uma “relação de lealdade” entre o SNS e os privados do setor.
“Hoje em dia existe uma concorrência desleal e feroz. Desde logo, os privados sabem tudo acerca do SNS, todos os dados são públicos, grelhas salariais, número de procedimentos médicos, número de camas”, disse Rui Tavares, lembrando que “não se sabe o que é feito no privado”.
O secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, admitiu que todos os partidos com os quais a estrutura sindical tem falado têm reconhecido a “necessidade de investir no SNS para criar condições salariais, de conciliação da vida familiar com a pessoal, de investimento em equipamento e investimento em instalações”.
“O próximo Governo deve entender o SNS como um desígnio nacional”, disse Roque da Cunha, manifestando o desejo de que “todos os partidos façam um pacto de regime, para que a saúde não seja matéria de combate político”.
LUSA/HN
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