O farmacêutico Duarte Santos lidera a Lista A, com o lema “Unidos pelas farmácias”, e a farmacêutica Ema Paulino a Lista E, com o mote “ANF no rumo certo”.
Em declarações à agência Lusa, os dois candidatos falaram das prioridades e das linhas estratégicas dos seus programas para o setor para o período 2024-2026.
“Na anterior eleição tínhamos proposto dar um novo rumo à Associação Nacional das Farmácias e foi isso que fizemos durante os últimos dois anos e meio e, portanto, agora o nosso mote é manter a ANF no rumo certo”, disse Ema Paulino, que venceu as eleições em 2021.
A farmacêutica adiantou que as linhas estratégicas da sua lista foram organizadas “à volta precisamente deste rumo certo” que pretendem imprimir nas várias vertentes, desde a consolidação das farmácias enquanto espaço de saúde e bem-estar, à própria sustentabilidade económico-financeira do grupo ANF.
“Um outro eixo é a colaboração institucional e a valorização social e política e de reforço da visão associativa e coesão territorial para garantir que as farmácias continuam a dar resposta à população em proximidade e com a qualificação técnica que caracteriza as suas equipas”, disse Ema Paulino.
Destacou ainda “o desenvolvimento de soluções e evidência em saúde”, uma vez que grande parte do trabalho das farmácias também se prende com encontrar soluções que possam posicionar a farmácia como um parceiro do Serviço Nacional de Saúde, no que se refere aos cuidados prestados à população nas várias fases da jornada de cuidados.
Membro de anteriores direções da ANF, Duarte Santos disse à Lusa que decidiu candidatar-se à associação por acreditar que “este é o momento de encontrar e apresentar uma nova liderança à ANF” que “vive um momento de transformação”.
“Sente-se que existe alguma separação da ANF das farmácias, da capacidade de responder às suas necessidades do dia-a-dia”, disse Duarte Santos, que já presidiu o Grupo Farmacêutico da União Europeia e a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos.
Para Duarte Santos, é importante “promover e reforçar a união associativa, refundando quase o seu espírito fundacional”.
“A associação está a fazer 50 anos, é um momento bonito da sua vida. No entanto, é um momento da sua história que pode ser melhorado na lógica de aproximação às farmácias e de promoção da relação entre as farmácias, sobretudo, em nome de um melhor serviço às populações”, sustentou.
Para Duarte Santos, o sistema de saúde precisa de “uma rede de farmácias forte, provavelmente mais do que nunca”.
“Sabemos que o SNS está também em processo de mudança e as farmácias são elementos do sistema de saúde muito bem capacitadas, muito bem preparadas para responder a novos desafios”, mas para isso têm de ter da sua associação “um apoio maior no suporte à resolução de problemas críticos, como é o caso dos recursos humanos”, realçou.
Portanto, rematou, “temos de ter uma associação forte e capaz de ajudar as farmácias a implementar os projetos e capaz também de, em conjunto com a tutela, defender modelos de sustentabilidade ao desenvolvimento de novas intervenções” para responder às necessidades das pessoas, como é o caso da vacinação ou da renovação terapêutica.
Ao todo votam 2.739 farmácias nas eleições cujas votações ‘online’ e por correspondência abriram no dia 29 de fevereiro.
LUSA/HN
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