“É preciso acautelar que os problemas que já se verificavam na prestação de cuidados de saúde, por exemplo na ilha Graciosa, não se agravem na sequência do incêndio que destruiu parcialmente o hospital de Ponta Delgada”, advertiu o parlamentar socialista, que falava aos jornalistas após uma reunião com o Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Graciosa.
Os deputados do PS ao parlamento açoriano estão a realizar um conjunto de reuniões com as unidades de saúde da região, com o objetivo de encontrar soluções para a prestação de cuidados de saúde no arquipélago, na sequência do incêndio que ocorreu em 04 de maio no HDES, em Ponta Delgada, que ficou inoperacional.
José Ávila salientou que o momento é de solidariedade e de “busca de soluções no sentido de repor a normalidade”, mas lembrou que na ilha Graciosa, pela qual foi eleito, existem “muitos utentes” que são acompanhados, em diferentes especialidades, pelo HDES.
Ainda segundo o deputado socialista, para agravar ainda mais a situação, a Unidade de Saúde da Ilha Graciosa (USIG) continua sem diretor clínico, desde agosto do ano passado, e o quadro médico “continua muito instável”, situação que já originou queixas por parte da população.
“Após mais de três anos deste Governo, a USIG continua a ter falta dos assistentes técnicos necessários para o normal funcionamento e a situação dos trabalhadores contratados no âmbito da [pandemia] de covid-19, que se mantêm precários, continua a arrastar-se, apesar das promessas do Governo Regional”, lamentou José Ávila.
O incêndio no HDES obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.
Esta quinta-feira, o líder do PSD/Açores e presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, anunciou a intenção do executivo de “reabilitar” o Hospital do Divino Espírito Santo, para depois promover uma obra estrutural, permitindo a Ponta Delgada ter um “hospital novo”.
LUSA/HN
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