No âmbito do Cascais International Health Forum, a ministra da saúde salientou as novas medidas previstas por parte do Governo para travar a crise do Serviço Nacional de Saúde. No encontro, Ana Paula Martins aproveitou para anunciar que está a ser estudada a possibilidade de ser criada uma nova ULS para servir Sintra/ Cascais.
“Estamos a estudar a possibilidade de criar uma nova ULS Sintra/ Cascais com o propósito de reorganizar cuidados que o atual modelo não acautelou, por considerar que um hospital público em gestão PPP não podia fazer parte deste modelo de organização. O nosso governo não pensa assim. Com o nosso governo, o que o for melhor para as pessoas, e o que for legalmente possível, acontecerá”, frisou.
A responsável pela pasta da saúde reforçou o compromisso da tutela em “investir e valorizar o Serviço Nacional de Saúde”, recusando as críticas feitas ao plano de emergência anunciado na quarta-feira.
“O plano foi destinado a dar resposta às questões mais relevantes para os nossos cidadãos. Muitos dizem e dirão que não é inovador, que é mais do mesmo e que é ‘só um PowerPoint’, mas isso não nos demove. Muitos podem ter pensado, outros para além de pensar têm a capacidade de executar. Em Democracia a tolerância não é sequer uma virtude, é uma obrigação. É por isso que ouvimos, registamos, integramos as críticas, mas diga o que se disser seguimos em frente com o que prometemos aos portugueses”, rematou.
A ministra frisou que o plano “é um plano calendarizado no tempo e dotado de métricas que permitem avaliar a necessidade de corrigir metas e tempos. É por isso que a linha SNS grávidas já está a pronta a arrancar (…) e as USF modelo C têm legislação já preparada, e ouvidos os agentes, avançarão nas próximas semanas. Numa primeira fase serão em regime experimental, com avaliação pública e transparente.”
Sobre o modelo de ULS, a responsável voltou a afirmar que serão feitos ajustes. “Teremos que garantir e perceber, através da avaliação do primeiro semestre de funcionamento das ULS, o que aconteceu, o que melhorou e o que piorou. Com quem está no terreno, teremos de tomar decisões sobre o ajustamento e a adequação do modelo. A articulação entre duas realidades que pretendemos integrar tem que ser virtuosa. Para o nosso governo, não se trata apenas de um modelo de integração da gestão. Trata-se, sim, de um conceito de articulação de cuidados, de diálogos permanentes, de foco no doente e no seu percurso clínico. É por isso que, nestes dois meses, já percebemos que existem ajustamento fundamentais que partem das populações e das autarquias”.
No final da sua intervenção, Ana Paula Martins destacou: “O nosso objetivo é recriar o Serviço Nacional de Saúde e adaptá-lo às realidades de hoje (…) Pretendemos criar um sistema mais colaborativo entre Governo e stakeholders, criando uma comunidade de saúde real e inovadora.”
HN
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