A prevalência das doenças cardiovasculares (DCV) continua a aumentar, mantendo-se como a principal causa de morte em todo o mundo. Em resposta a esta crescente demanda e ao avanço da cirurgia minimamente invasiva, a GE HealthCare revelou uma nova ferramenta tecnológica que promete transformar a cardiologia de intervenção.
Durante o “Focus Meeting: No Footprint PCI” da APIC, realizado no passado dia 20 em Carcavelos, a GE HealthCare apresentou o 3DStent, uma inovadora ferramenta baseada em Inteligência Artificial que permite aos cardiologistas visualizar stents coronários em três dimensões durante os procedimentos. Esta tecnologia proporciona imagens tridimensionais detalhadas, possibilitando a visualização do stent de todos os ângulos e fornecendo informações cruciais como o diâmetro e a área mínima do stent (MSA), sem a necessidade de recorrer a imagens intracoronárias.
O 3DStent está disponível no sistema Allia e foi concebido para oferecer aos médicos imagens intuitivas em 3D, evitando o uso de contraste, dispositivos ou custos adicionais. A tecnologia utiliza imagens de coronariografia obtidas através de tomografia computorizada com compensação de movimento do arco em C (CMCT).
Manel Sabaté, chefe da Unidade de Cardiologia de Intervenção do Instituto Cardiovascular do Hospital Clínic de Barcelona, destacou a importância desta inovação durante a sua sessão “Novo Sistema para Avaliar a Expansão do Stent Coronário” na APIC Focus Meeting. “No campo coronário, atualmente enfrentamos casos cada vez mais complexos na prática clínica diária. A expansão do stent é crucial para o resultado da intervenção no paciente, e a reconstrução 3D do stent é uma ferramenta não invasiva que utiliza apenas raios X para obter a informação necessária de todos os ângulos”, afirmou Sabaté.
Na cardiologia de intervenção, a utilização de stents para tratar artérias coronárias estreitas é fundamental para manter o fluxo sanguíneo rico em oxigênio ao coração. Garantir uma expansão ótima do stent está associado a melhores resultados clínicos a longo prazo, enquanto a infraexpansão pode levar a resultados desfavoráveis, como morte cardíaca, enfarte do miocárdio ou trombose do stent. A nova tecnologia 3DStent permite medir o lúmen, o comprimento e a expansão da endoprótese sem a necessidade de um cateter de OCT, economizando dispositivos e melhorando a eficiência do procedimento.
Rui Costa, Diretor-Geral da GE HealthCare em Portugal, destacou os benefícios desta inovação: “Esta solução na área da cardiologia pretende remover as barreiras atuais e fornecer aos médicos ferramentas adicionais para tratar os doentes com mais qualidade e de forma mais rápida.”
A introdução do 3DStent marca um avanço significativo na cardiologia de intervenção, proporcionando uma ferramenta poderosa para enfrentar os desafios clínicos e melhorar os resultados dos pacientes.
NR/PR/HN
0 Comments