Segundo a associação, cerca de 50 chamadas aguardavam atendimento, aumentando ainda mais os tempos de resposta que, idealmente, deveriam ser de 7 minutos em ambiente urbano e 14 minutos em ambiente rural, tempos que Portugal não tem conseguido cumprir.
A ANTEM destaca que os tempos de resposta são apenas a ponta do icebergue. “Os CODU estão a operar com um número insuficiente de operadores, o que resulta em atrasos significativos no atendimento de emergências. Além disso, os centros apresentam grandes deficiências na geolocalização dos incidentes, um problema evidenciado quando os meios de socorro foram enviados para a A10 em vez da A8 durante um acidente rodoviário envolvendo a Ministra da Saúde”.
Outro ponto crítico levantado pela associação é a obsolescência dos protocolos de triagem e despacho de meios, que não são atualizados há muitos anos. A ANTEM defende a substituição imediata desses protocolos por versões cientificamente validadas e comprovadas internacionalmente.
“A situação atual coloca em risco a saúde e a vida dos portugueses e deve ser resolvida com a maior brevidade possível”, afirma a ANTEM. Diante do cenário descrito, a associação reitera que o Conselho de Direção do INEM não possui condições para continuar em funções.
A ANTEM também volta a solicitar a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Sistema Integrado de Emergência Médica em Portugal, que considera ser apenas um conceito que não responde de forma adequada e eficaz às emergências médicas no país.
O comunicado termina, com a ANTEM a alertar para “a situação degradante dos CODU é um alerta urgente para as autoridades competentes tomarem medidas imediatas visando a proteção e a eficiência dos serviços de emergência médica no país”.
NR/HN/PR
0 Comments