Confederações empresariais pedem urgência no Plano de Recuperação europeu

10 de Outubro 2020

As confederações empresariais de Portugal e de Espanha defenderam hoje a urgência na implementação do Plano de Recuperação para a Europa, em resposta à crise provocada pela covid-19, e reafirmaram o seu compromisso no processo de recuperação económica.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE) reafirmaram hoje, por ocasião da realização da Cimeira Luso-espanhola, na Guarda, “o compromisso da comunidade empresarial de Portugal e de Espanha no processo de recuperação económica” no quadro europeu.

“O novo enquadramento acordado pelo Conselho Europeu abre novas possibilidades para uma intervenção coordenada, através do financiamento de programas de reorganização estrutural do tecido produtivo, com impacto transversal a todo o espaço económico da União Europeia”, referem as organizações empresariais em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, “um dos domínios que confere à Europa coesão e dinamismo é o mercado único, núcleo do projeto de integração construído ao longo de décadas, que deve ser preservado e regressar ao topo da agenda política”.

“Neste contexto, assume particular importância a disponibilização efetiva dos apoios europeus através dos instrumentos já adotados, nomeadamente o SURE, e a aprovação e implementação, o mais rapidamente possível, do Plano de Recuperação para a Europa”, lê-se.

A CIP e a CEOE assumem o objetivo de “assegurar a autonomia estratégica da União Europeia, sem que tal seja confundido com a ilusão da autossuficiência, harmonizando-a com uma estratégia comercial de abertura ao mundo, enquadrada por regras prudentes e por políticas internas adequadas”.

Este objetivo, referem, “exige uma política industrial dinâmica, com base numa estratégia que vise melhorar as condições que incentivem as empresas, de todas as dimensões, a investir, inovar e crescer”.

As estruturas empresariais lembram ainda que os objetivos ambientais traçados no Pacto Ecológico Europeu “requerem um esforço acrescido das empresas europeias”.

Também consideram que “na presença de fortes e persistentes debilidades económicas nos territórios transfronteiriços Portugal-Espanha, importa estimular a cooperação transfronteiriça, procurando complementaridades nesses territórios e envolvendo a participação do associativismo empresarial transfronteiriço”.

“Neste quadro, depositamos as maiores expectativas na implementação da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço acordada nesta cimeira, com particular ênfase na sua vertente de Desenvolvimento Económico e Inovação Territorial, com vista à atração de novas empresas e investimentos para estes territórios, com prioridade aos projetos dirigidos às Pequenas e Médias Empresas”, apontam.

A CEOE e a CIP também reafirmam a importância de dotar a Península Ibérica de uma rede eficaz de transportes de mercadorias que ligue os seus portos ao centro da Europa, integradas nas redes transeuropeias e complementada por uma rede de infraestruturas logísticas enquadrada numa visão ibérica.

LUSA/HN

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