Um novo estudo realizado pela Merck revela que quatro em cada dez portugueses das gerações Z e Millennial enfrentaram desconforto emocional frequente no último ano. O III Inquérito FutURe, divulgado a 7 de outubro de 2024 em Lisboa, expõe preocupações significativas relacionadas com a saúde emocional dos jovens.
Os dados confirmam que fatores económicos têm um forte impacto na saúde emocional da juventude portuguesa. A situação financeira (64%), a incerteza sobre o planeamento familiar futuro (47,6%) e as condições de trabalho e remuneração (46%) lideram as preocupações que afetam o bem-estar emocional dos jovens.
O estudo destaca a importância do apoio das empresas neste contexto. Os jovens inquiridos pedem medidas como maior flexibilidade no trabalho (75,7%) e benefícios de saúde adequados (75,7%).
As gerações Millennial e Gen Z também enfrentam desafios relacionados com as redes sociais e a inteligência artificial. Cerca de 61% dos jovens afirmam que as redes sociais lhes provocam desconfiança devido à rápida propagação de notícias falsas, enquanto 51% se sentem sobrecarregados por excesso de informação. Adicionalmente, 48,6% admitem que estas plataformas contribuem para sentimentos de inadequação quanto à sua aparência e estilo de vida.
O inquérito também revela uma preocupante falta de conhecimento sobre fertilidade e sua preservação. Mais de 90% dos jovens inquiridos não consideram o relógio biológico uma prioridade, o que pode estar a contribuir para o agravamento do envelhecimento populacional. Em Portugal, 78% dos jovens revelaram desconhecer praticamente tudo sobre a reserva ovárica, uma percentagem superior à média europeia de 72%.
Pedro Moura, Diretor Geral da Merck Portugal, enfatiza a necessidade de políticas públicas e iniciativas empresariais que visem o bem-estar emocional e económico das gerações mais jovens, para assegurar um futuro mais saudável para todos.
Este estudo surge na sequência do II Inquérito FutURe, que já havia demonstrado que quase 100% dos jovens consideram a sua saúde emocional como um dos aspetos mais importantes das suas vidas, com 76% a afirmarem pensar na sua saúde emocional regularmente ou sempre.
Os resultados deste inquérito sublinham a urgência de abordar as preocupações das novas gerações, especialmente em áreas como a saúde emocional, a estabilidade económica e o conhecimento sobre saúde reprodutiva, num momento em que a Europa enfrenta desafios demográficos significativos.
PR/HN/MMM
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