Associação RESPIRA reforça necessidade de vacinação contra doença pneumocócica invasiva

11 de Novembro 2024

A RESPIRA - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças Respiratórias Crónicas alerta para os custos associados a mortes evitáveis por pneumonia, reforçando a importância da prevenção.

No Dia Mundial da Pneumonia, assinalado a 12 de novembro, a RESPIRA – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças Respiratórias Crónicas chama a atenção para o facto de a pneumonia continuar a ser uma das doenças respiratórias mais mortais em Portugal. Dados revelam que, em 2022, a doença causou a morte de mais de 4488 portugueses, o que representa mais de 12 óbitos por dia.

A associação reforça a importância da prevenção da doença pneumocócica invasiva (DPI), uma das principais causas de morte evitável em crianças abaixo dos cinco anos e adultos acima dos 65 e/ou com comorbilidades associadas. A vacinação é apontada como uma medida crucial para prevenir esta doença.

José Albino, presidente da RESPIRA, afirma que a doença pneumocócica pode ser uma sentença para quem vive com doenças crónicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), afetando gravemente a qualidade de vida dos doentes devido ao agravamento das exacerbações, podendo até levar à morte. Por isso, realça a importância de adotar comportamentos preventivos para garantir mais anos de vida com qualidade.

A doença pneumocócica, causada pela bactéria “Streptococcus pneumoniae” (pneumococo), é uma das principais causas de pneumonia. Em Portugal, apesar de cerca de 63.4% dos casos serem de doença não invasiva, os casos de DPI, que incluem a Pneumonia Bacteriémica, a Meningite e a Sepsis, têm aumentado ao longo dos anos.

A DPI tem um impacto significativo nos cuidados de saúde, com mais de 24% dos doentes hospitalizados a serem internados em cuidados intensivos, com uma demora média de internamento de 17 dias. Dados recentes indicam que estes valores representam um custo total médio por adulto internado por DPI de mais de seis mil euros. Acresce ainda que a taxa de mortalidade intra-hospitalar por DPI é elevada, rondando os 16,5%.

Face a estes dados preocupantes, a RESPIRA reforça a necessidade de apostar na prevenção da doença pneumocócica, especialmente junto dos grupos de risco, como forma de reduzir os custos associados a mortes evitáveis e melhorar a qualidade de vida dos doentes crónicos respiratórios.

PR/HN/MMM

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