Desde então, a situação agravou-se, levando à publicação de diversos editais pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que considera todo o território continental como área afetada pelo surto.
O surto é particularmente alarmante, uma vez que o serotipo 3 apresenta uma elevada patogenicidade nos ovinos, resultando em doenças graves e altas taxas de mortalidade. A exata dimensão do impacto económico e do número de animais afetados ainda está a ser avaliada pelas autoridades competentes.
Dada a natureza do vírus, que é transmitido por insetos do género Culicoides, a OMV sublinha a importância da vacinação como a melhor forma de proteger os efetivos suscetíveis e limitar a propagação do vírus. Desde a publicação do Edital n.º 82 em 2 de outubro de 2024, a vacinação dos rebanhos ovinos e bovinos é permitida, e a OMV apela a todos os médicos veterinários para que sigam as indicações da DGAV e promovam a vacinação.
A OMV também faz um apelo ao Ministério da Agricultura, solicitando a declaração de obrigatoriedade da vacinação contra o serotipo 3 e a comparticipação da vacina, destacando que estas medidas são fundamentais para salvaguardar a sanidade do efetivo ovino nacional.
Em face da situação, a OMV propõe a inclusão da vacinação contra o serotipo 3 no plano oficial obrigatório de vacinação, além de um programa de vigilância de vetores e melhorias na informatização das notificações da doença. O objetivo é garantir uma resposta eficaz ao surto e proteger a saúde animal no país.
OMV/HN
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