Mulheres com Doença de Parkinson: Estudo Revela Subdiagnóstico

10 de Abril 2025

Estudo da Egas Moniz School of Health & Science destaca que as mulheres com Doença de Parkinson são frequentemente subdiagnosticadas e enfrentam desafios significativos no acesso a tratamentos especializados. A pesquisa, intitulada “Using a sex- and gender-informed lens to enhance care in Parkinson’s disease”, revela que as diferenças de sexo e género têm um impacto considerável na progressão da doença e na qualidade de vida das pacientes.

As mulheres tendem a apresentar um início mais tardio dos sintomas motores e são mais propensas a desenvolver uma variante da doença caracterizada por tremores. Além disso, enfrentam um risco elevado de discinesias induzidas por levodopa e podem experienciar uma progressão mais rápida dos sintomas. Fatores hormonais, como a menopausa e a terapia de reposição hormonal, também desempenham um papel significativo, embora o impacto na gravidade dos sintomas ainda não esteja totalmente claro.

O estudo também sublinha o impacto psicossocial, onde o estigma e as expectativas de género contribuem para um atraso na procura de ajuda médica, comprometendo o bem-estar das doentes. Josefa Domingos, investigadora e professora na Egas Moniz School of Health & Science, afirma: “Os resultados evidenciam a necessidade de desenvolver estratégias de saúde adaptadas ao género para garantir que as mulheres com Parkinson recebam um acompanhamento médico adequado e eficaz.”

Os investigadores destacam a importância de considerar as diferenças de sexo e género no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e na formulação de políticas de saúde pública. Para tal, é necessária uma maior formação para os profissionais de saúde, que permitirá um atendimento mais equitativo e eficaz a todos os pacientes com Parkinson.

A Egas Moniz School of Health & Science continua comprometida com a investigação e inovação na área da Doença de Parkinson, desenvolvendo vários projetos que visam compreender e intervir em diferentes aspetos motores e não motores relacionados com a condição. Iniciativas como o Programa de treino em trampolins para prevenção de quedas, o programa de treino de escalada e o NUTRISPARK são apenas alguns exemplos do esforço contínuo da instituição para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A investigação inclui ainda projetos como o InflamaSPark, que investiga biomarcadores intestinais para a identificação precoce da condição, e o GutSPark, que estuda a relação entre a microbiota e a saúde neurológica. Estas iniciativas refletem o compromisso da Egas Moniz School of Health & Science em encontrar novas abordagens terapêuticas para a Doença de Parkinson.

NR/PR/HN

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