Estudo revela: Inteligência Artificial iguala médicos generalistas no diagnóstico

19 de Abril 2025

Uma meta-análise da Osaka Metropolitan University revela que a precisão diagnóstica da IA generativa se equipara à de médicos não especialistas, destacando o potencial da tecnologia como apoio clínico e educativo, sobretudo em contextos com poucos recursos.

A Inteligência Artificial (IA) generativa alcançou níveis de precisão diagnóstica comparáveis aos de médicos não especialistas, segundo uma meta-análise conduzida por investigadores da Osaka Metropolitan University. O estudo, liderado por Hirotaka Takita e Daiju Ueda, avaliou 83 artigos publicados entre junho de 2018 e junho de 2024, abrangendo diversas especialidades médicas e múltiplos modelos de IA, com destaque para o ChatGPT13456.

A análise revelou que a precisão média da IA generativa em tarefas de diagnóstico foi de 52,1%. Embora os médicos especialistas tenham apresentado uma taxa de acerto 15,8% superior à da IA, os modelos mais recentes de IA demonstraram desempenho equivalente ao de médicos não especialistas, com diferenças estatisticamente insignificantes entre ambos1456. A avaliação abrangeu áreas como medicina geral, radiologia, oftalmologia e medicina de urgência, mostrando que, em grande parte das especialidades, a IA não difere significativamente dos médicos generalistas. Exceções foram observadas em campos como dermatologia, onde a IA, beneficiando do reconhecimento de padrões visuais, se destacou, mas ainda enfrenta limitações em casos clínicos mais complexos.

Os autores do estudo sublinham que, apesar de a IA ainda não superar especialistas humanos, o seu desempenho aproxima-se do de médicos sem especialização, sugerindo a sua utilidade como ferramenta de apoio em ambientes com recursos limitados e como complemento na formação médica. O potencial da IA generativa para democratizar o acesso a diagnósticos de qualidade e aliviar a pressão sobre sistemas de saúde é destacado, mas os investigadores alertam para a necessidade de mais estudos em cenários clínicos reais, maior transparência nos processos de decisão da IA e validação em grupos de pacientes diversificados.

A investigação, publicada na revista npj Digital Medicine, reforça o papel emergente da IA generativa como apoio ao diagnóstico e à educação médica, sublinhando a importância de continuar a desenvolver e avaliar estas tecnologias para garantir a sua fiabilidade e integração segura na prática clínica.

NR/HN/ALphagalileo

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