Fatores determinantes de empregabilidade em pessoas que vivem com VIH/SIDA

1 de Dezembro 2020

As pessoas que vivem com VIH/SIDA podem ser alvo de discriminação pelas políticas de contratação dos empregadores. Um estudo publicado no American Journal of Industrial Medicine chegou à conclusão de que os fatores médicos e socioeconómicos podem prejudicar a empregabilidade destes doentes.

O estudo incluiu 170 pessoas a viver com VIH/SIDA na Turquia. Os portadores mais novos de VIH têm uma probabilidade mais alta de participar na força de trabalho, tal como aqueles que tinham maiores posses financeiras e que geravam maiores rendimentos. Também os indivíduos que estavam empregados na altura do diagnóstico têm maior probabilidade de encontrar emprego no futuro. O uso de drogas ilícitas, anterior ao diagnóstico, e o baixo número de células CD4 T estão também negativamente associadas à empregabilidade.

“Podemos facilmente controlar o vírus do VIH com medicação antirretroviral, mas é quase impossível controlar os fatores socioeconómicos como o estigma e o preconceito, que são alimentados pela ignorância e pela falta de campanhas de consciencialização”, diz o autor correspondente Durmuş Özdemir, professor doutorado na Universidade de Yasar.

“Há um papel sério que tem que ser tomado pelos governos e pelas organizações não-governamentais que consiste em explicar o impacto positivo do tratamento antirretroviral e a necessidade de uma vida normal para as pessoas que vivem com VIH”, concluiu.

NR/João Marques

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Cristina Vaz de Almeida
Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde; Doutora em Ciências da Comunicação — Literacia em Saúde. Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde. Diretora da pós-graduação em Literacia em Saúde. Membro do Standard Committee IHLA — International Health Literacy Association.

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