Segundo o comunicado enviado pela Gilead às redações, o CHMP continua a recomendar o remdesivir para o tratamento da Covid-19 em adultos e adolescentes com pneumonia que necessitem de oxigénio suplementar (oxigénio de baixo ou alto fluxo ou outros meios de ventilação não invasiva) no início do tratamento, mas a indicação exclui agora os doentes que no início do tratamento recebem ventilação mecânica invasiva (IMV) ou oxigenação por membrana extracorporal (ECMO).
Esta atualização reflete o papel do remdesivir como parte do padrão de tratamento da COVID-19 em doentes adultos e adolescentes com pneumonia que necessitam de oxigénio suplementar no início do tratamento e reforça a importância de tratar doentes com remdesivir antes da necessidade de ventilação mecânica.
Em mais de 50 países, o remdesivir é uma das ferramentas que proporciona benefícios clínicos aos doentes hospitalizados com Covid-19, tais como uma recuperação significativamente mais rápida, libertando recursos hospitalares.
O parecer do CHMP resulta da avaliação dos resultados finais do ensaio ACTT-1 de Fase 3, duplamente-cego, controlado por placebo, que demonstrou que em doentes hospitalizados com pneumonia por COVID-19, o tempo médio de recuperação foi de 10 dias no grupo em tratamento com remdesivir e de 15 dias no grupo que recebeu placebo. A recomendação do CHMP espelha a relação benefício/risco positiva do remdesivir em doentes com pneumonia que requerem oxigénio suplementar, contudo não foi confirmada uma relação benefício/risco positiva para os doentes mais graves que recebem IMV/ECMO no início do tratamento.
PR/João Marques
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