Angola proíbe festas de fim de ano, autoridades garantem que vão responsabilizar incumpridores

30 de Dezembro 2020

 O comandante geral da polícia angolana, comissário-geral Paulo de Almeida, exortou esta quarta-feira os cidadãos a não promoverem festas ou bailes de fim de ano para evitar ajuntamentos, devido à Covid-19, assegurando que os "incumpridores serão responsabilizados".

“Já foi comunicado que este ano, por causa da pandemia, estão proibidos determinados atos, sobretudo atividades festivas que podem de certa forma provocar ou criar situações de contágio, portanto nosso apelo é que todos devem obedecer aquilo que foi determinado pelo Governo e a polícia vai ter que agir sobre todos os incumprimentos que se registarem”, afirmou hoje Paulo de Almeida, em Luanda.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de celebração do primeiro ano do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), a alta patente da polícia angolana pediu os cidadãos a respeitarem as disposições do decreto presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública.

O decreto presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública, cuja oitava prorrogação está em vigor em Angola, proíbe ajuntamentos em espaços públicos ou privados de mais de 15 pessoas, visando conter a propagação da Covid-19.

Num comunicado tornado público na terça-feira, a governadora de Luanda informou os cidadãos da capital angolana, que regista a circulação comunitária da Covid-19, que estão proibidas as festas ou bailes de passagem de ano em salões, discotecas, centros recreativos ou de espetáculos públicos.

Joana Lina exortou também os cidadãos que ficam interditas, na passagem de ano, a realização de atos festivos em quintais, largos, pracetas, praças, ruas e avenidas e as vigílias religiosas, dentro e fora dos templos, entre as 22:00 de 31 de dezembro de 2020 a 05:00 de 01 de janeiro de 2021.

Apesar dos alertas das autoridades, pelas redes sociais e em alguns órgãos de comunicação estão a ser publicitadas festas de fim de ano.

Hoje, Paulo de Almeida apelou igualmente aos órgãos de comunicação social a não publicitarem festas, ajuntamentos e jantares de fim de ano “porque esse tipo de propaganda lesa as recomendações do Governo em matéria de prevenção contra a Covid-19”.

Questionado sobre como serão fiscalizadas as recomendações do decreto sobre a Situação de Calamidade Pública, o comandante geral garantiu que a corporação vai “agir em conformidade” com patrulhas e ações de vigilância para travar possíveis ajuntamentos.

“Quero alertar que estamos perante uma segunda vaga que já paira próximo das nossas fronteiras e, então, vamos evitar que esta vaga da Covid-19 entre no nosso país, portanto a responsabilidade é de todos nós”, notou.

Angola totaliza 17.371 casos de Covid-19, sendo 403 óbitos, 10.627 recuperados e 6.341 ativos.

LUSA/HN

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