Ministra da Saúde assegura “reserva estratégica” para continuar combate à pandemia

2 de Maio 2020

A ministra da Saúde assegurou hoje a continuidade das medidas para controlar a transmissão do vírus e para reduzir a mortalidade e os casos graves de infeção pela covid-19, mantendo a "reserva estratégica" de meios.

“Continuamos a ter, em constante preparação, a nossa reserva estratégica, não só de equipamentos de proteção individual, mas também de infraestruturas, de recursos humanos, de meios adequados a responder adequadamente a um eventual crescimento do surto epidémico”, afirmou Marta Temido, na conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia da covid-19.

Relativamente ao crescimento da pandemia em Portugal, “neste momento, parece continuar a ter números que ainda estão acima daqueles que desejaríamos, mas que estão muito mais controlados do que estavam, por exemplo, há 15 dias”, indicou a ministra da Saúde.

“Neste cenário, a política de saúde, sobretudo em termos de controlo da epidemia, tem e terá que continuar a ter dois objetivos essenciais: reduzir, obviamente, a mortalidade e a gravidade da covid-19 e, por outro lado, controlar a transmissão da covid-19, a um nível considerado aceitável, ou seja, com o tal risco de transmissão relativamente contido”, declarou Marta Temido.

Entre as medidas que se mantêm destacam-se a ação em locais específicos, em locais de mais elevado risco, estando em curso, com o envolvimento de várias áreas governativas, programas de identificação precoce de infeção pela covid-19, nomeadamente “em pessoas mais velhas, em pessoas com comorbilidades debilitantes, em populações específicas, como os profissionais de determinadas áreas”.

“Vamos continuar, também, a adotar um conjunto de medidas concretas para controlar a transmissão do vírus, sobretudo para acompanhar a transmissão do vírus”, reforçou a responsável pela pasta da Saúde.

Nesse sentido, o Governo está empenhado no “desenvolvimento de sistemas de vigilância epidemiológicos capazes de acompanhar a evolução de indicadores”, tais como do risco de transmissão ao longo do tempo e da incidência dos novos casos, dos novos óbitos, dos novos internamentos em hospital e em unidade de cuidados intensivos.

Além da vigilância, a ministra da Saúde apontou a contenção e mitigação da covid-19, em que “o grande desafio dos próximos tempos” é que estas medidas “possam ser o mais precisas possível”.

“Tentar utilizar as nossas medidas da forma mais precisa possível, de forma a evitar utilizar medidas que sejam desproporcionais e excessivas face aquilo que pretendemos proteger”, referiu Marta Temido.

Assim, o trabalho de combate à pandemia da covid-19 continua apostar no desenvolvimento do sistema de deteção ativa para a identificação de casos, através de testagem, de medidas de isolamento social e de tratamento de todos os casos, bem como os inquéritos epidemiológicos.

Portugal contabiliza 1.007 mortos associados à covid-19 em 25.351 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 18 mortos (+1,8%) e mais 306 casos de infeção (+1,2%).

Das pessoas infetadas, 892 estão hospitalizadas, das quais 154 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1519 para 1.647.

Portugal vai terminar no sábado, 02 de maio, o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo anunciou a passagem para situação de calamidade a partir das 00:00 de 03 de maio.

Devido ao fim de semana prolongado, o Governo decretou, entretanto, a proibição de deslocações entre concelhos de 01 a 03 de maio.

Lusa/HN

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