Gilead Science prepara expansão mundial da produção de remdesivir

8 de Maio 2020

A GIlead está a trabalhar, "com rapidez, cuidado e diligência", desde janeiro,  para se preparar para a possibilidade de o remdesivir, o antivírico de investigação da empresa, poder ser considerado eficaz contra o vírus que causa a COVID-19

Em comunicado, a Biofarmacêutica  Gilead Sciences informa que está a trabalhar, “com rapidez, cuidado e diligência”, desde janeiro,  para se preparar para a possibilidade de o remdesivir, o antivírico de investigação da empresa, poder ser considerado eficaz contra o vírus que causa a COVID-19.

Os resultados de ensaios clínicos recentes e a decisão da U.S. Food & Drug Administration de emitir uma Autorização de Utilização de Emergência para o remdesivir, realçaram a urgência deste trabalho e a importância de planear o acesso ao remdesivir a nível global.

Na mesma nota, a Gilead refere ser seu objetivo global tornar o remdesivir disponível e acessível aos governos e doentes em todo o mundo, quando autorizado pelas autoridades regulamentares. Dadas as necessidades urgentes dos doentes a nível global, a empresa desenvolveu uma estratégia de maximização do acesso ao remdesivir.

Desde logo, explica a companhia, a Gilead está em conversações com algumas das principais empresas químicas e farmacêuticas mundiais sobre a sua capacidade, de produzir remdesivir para a Europa, Ásia e países em desenvolvimento até, pelo menos, 2022. A empresa está também a negociar licenças a longo prazo com vários fabricantes de medicamentos na Índia e no Paquistão para produzir remdesivir para países em desenvolvimento. No comunicado, a Gilead compromete-se em  providenciar as transferências de tecnologia adequadas para possibilitar esta produção. Por último, a empresa está em conversações ativas com a “Medicines Patent Pool”, com a qual a Gilead tem uma parceria de muitos anos, para licenciar o remdesivir para os países em desenvolvimento.

Para facilitar ainda mais o acesso nos países em desenvolvimento durante esta grave crise sanitária, a Gilead está em discussões avançadas com a UNICEF para utilizar a sua vasta experiência no fornecimento de medicamentos a países de baixo e médio rendimento durante crises de emergência e humanitárias, no sentido de fornecer remdesivir utilizando redes de distribuição já bem estabelecidas.

A estreita coordenação no fabrico de remdesivir será fundamental. Por isso, informa a Gilead no comunicado, a Gilead está a trabalhar na criação de um consórcio de parceiros de produção – com o objetivo de congregar esforços para ajudar a maximizar a oferta global. A produção do remdesivir requer matérias-primas escassas, com tempo de produção específico, capacidades de produção especializadas e com capacidade global limitada. Qualquer perturbação na cadeia de abastecimento que afete a disponibilização destas matérias-primas escassas e outros fatores de produção, poderá reduzir a quantidade de remdesivir produzido e aumentar o tempo necessário para o fabricar.

A terminar, Gilead endereça um agradecimento a todos os colaboradores das agências e organizações de saúde em todo o mundo pelos valiosos contributos e conhecimentos, que ajudaram a orientar a estratégia da empresa. A empresa espera manter os seus parceiros e o público em geral informados à medida que os programas avançam.

Press/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Joaquim Cunha defende saúde como motor de desenvolvimento económico e social

Joaquim Cunha, Diretor Executivo do Health Cluster Portugal, apresentou uma visão abrangente sobre o papel da saúde como motor do desenvolvimento económico e social no 10º Congresso Internacional dos Hospitais. A sua intervenção focou-se nos desafios atuais, oportunidades e caminhos de resposta para o setor da saúde em Portugal e na Europa

Rogério Carapuça defende gestão autónoma e transformação digital na saúde

No 10º Congresso Internacional dos Hospitais, Rogério Carapuça, Presidente da Associação Portuguesa das Comunicações, defendeu uma maior autonomia para os gestores hospitalares e a necessidade de uma transformação digital eficaz para melhorar os processos e a eficiência do sistema de saúde português

MAIS LIDAS

Share This