“Subjacente a estes princípios está o respeito pela vida humana e a dignidade da pessoa como valores supremos, a que razão ou circunstância alguma se pode sobrepor. Portugal foi dos primeiros países a aderir ao ideário da Cruz Vermelha, fazendo-se representar na I Convenção de Genebra, em 22 de agosto de 1864, e sendo um dos 12 países signatários”, declarou Ferro Rodrigues.
A segunda figura do Estado português discursava na sessão solene comemorativa do Dia Internacional da Cruz Vermelha, a qual presidiu, no Palácio do Conde de Óbidos.
“Como não poderia deixar de acontecer, neste último ano, Portugal pôde contar, uma vez mais, com o contributo inequívoco da Cruz Vermelha, agora no combate à pandemia da Covid-19, em várias vertentes, desde o acompanhamento e transporte de doentes suspeitos até à realização de testes laboratoriais junto dos lares de idosos, uma das frentes mais dramáticas da luta contra este vírus”, sublinhou.
Ferro Rodrigues elogiou o atual presidente da instituição, Francisco George, “cuja longa e ilustre carreira de serviço público, inteiramente dedicada à Saúde, é de todos conhecida”, num “testemunho da excelência desse percurso, do rigor e o profissionalismo com que sempre exerceu as funções para que foi chamado, bem como das qualidades humanas que o caracterizam”.
O presidente do parlamento evocou ainda os antecessores de George, especialmente Maria Barroso, mulher do antigo chefe de Estado e de Governo Mário Soares, e co-fundadora do PS, do qual Ferro Rodrigues também já foi secretário-geral.
O Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho celebra-se a 08 de maio, dia de nascimento do suíço Henry Dunant, que fundou a organização em 1863.
Segundo a própria, trata-se da maior organização humanitária do Mundo, com cerca de 97 milhões de voluntários em 190 países.
Em Portugal, a Cruz Vermelha foi fundada por José António Marques e iniciou atividade em 11 de fevereiro de 1865, há mais de 150 anos, sob a designação de “Comissão Portuguesa de Socorros a Feridos e Doentes Militares em Tempo de Guerra”.
LUSA/HN
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