As exportações aumentaram 32,2%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 281,4 mil milhões de dólares (237 mil milhões de euros), acelerando em relação ao crescimento de 28% registado em maio, segundo os dados das alfandegas chinesas revelados hoje. As importações cresceram 36,7%, para 229,9 mil milhões de dólares (194 mil milhões de euros), abaixo do aumento de 51% registado no mês anterior.
A China liderou a recuperação global, após superar prematuramente a pandemia, mas o consumo doméstico e outros indicadores económicos permanecem mais fracos do que o esperado.
Os exportadores enfrentam interrupções no fluxo global de componentes industriais, incluindo ‘chips’ de processador, e as limitações nas viagens internacionais e negócios, para combater a variante delta mais contagiosa do vírus.
O comércio “ainda enfrenta muitos fatores incertos e instabilidade”, disse um porta-voz das alfandegas, Li Kuiwen. O crescimento do comércio “pode abrandar” no segundo semestre, mas “deve permanecer relativamente rápido”, apontou Li, em conferência de imprensa.
A previsão é que o crescimento abrande à medida que as indústrias de entretenimento e outros serviços globais reabrem e os hábitos de consumo voltam ao normal.
No entanto, os números de junho sugerem que “essa tendência de amortecimento pode ocorrer mais tarde do que o esperado”, disse David Chao, da empresa de serviços financeiros Invesco, num relatório.
As exportações de junho para os 27 países da União Europeia aumentaram 27%, para 43,1 mil milhões de dólares (36,3 mil milhões de euros), enquanto as importações de produtos europeus aumentaram 34,1%, para 27,7 mil milhões de dólares (23,3 mil milhões de euros).
O ‘superavit’ (excedente) comercial da China com a UE aumentou 16,7%, em relação ao ano anterior, para 15,4 mil milhões de dólares (12,9 mil milhões de euros).
As exportações para os Estados Unidos aumentaram 17,8%, em relação ao ano anterior, para 46,9 mil milhões de dólares (39,7 mil milhões de euros), enquanto as importações de produtos norte-americanos cresceram 37,6%, para 14,3 mil milhões (12 mil milhões de euros), apesar da prolongada guerra comercial e tecnológica entre os dois países.
O ‘superavit’ comercial global da China aumentou 11%, em relação ao ano anterior, para 51,5 mil milhões de dólares (43,4 mil milhões de euros), enquanto o ‘superavit’ politicamente sensível com os Estados Unidos cresceu 10,9%, para 32,6 mil milhões de dólares (27,4 mil milhões de euros).
O crescimento da economia chinesa disparou para 18,3%, em relação ao ano anterior, nos primeiros três meses de 2021, com a retoma da atividade de consumo e negócios.
No entanto, o crescimento em comparação com o último trimestre de 2020 foi de apenas 0,6%, mostrando que a recuperação estabilizou.
O consumo doméstico tem atrasado a recuperação do setor manufatureiro.
As vendas a retalho aumentaram 12,4%, em maio, em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas ficaram aquém das previsões.
Para reforçar a atividade económica, o banco central da China cortou, na semana passada, a quantidade de reservas que os bancos comerciais são obrigados a manter, libertando um bilião de yuans (135 mil milhões de euros) adicionais de liquidez.
A recuperação da economia chinesa ainda não é certa porque a procura global continua fraca, já que alguns governos voltaram a impor medidas de prevenção contra o vírus, que estão a afetar o comércio.
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