Linhas de apoio a vítimas de violência doméstica receberam 308 pedidos

29 de Abril 2020

Lisboa, 29 abr 2020 (Lusa) – As três linhas de apoio a vítimas de violência doméstica receberam 308 pedidos desde 19 de março e as queixas às polícias por este crime diminuíram 39% em relação ao mesmo período de 2019, revelou hoje o Governo.

Lisboa, 29 abr 2020 (Lusa) – As três linhas de apoio a vítimas de violência doméstica receberam 308 pedidos desde 19 de março e as queixas às polícias por este crime diminuíram 39% em relação ao mesmo período de 2019, revelou hoje o Governo.

“Portugal, ao contrário de outros países europeus, não regista um aumento de participações por violência doméstica. A PSP e a GNR registaram um decréscimo das participações em 39% face ao mesmo período do ano passado, o que nos compromete ainda mais na urgência de dar outras respostas”, disse o secretário de Estado da Saúde.

António Lacerda Sales, que falava aos jornalistas durante a conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia de covid-19 em Portugal, deu conta que uma das preocupações do Governo” é a violência doméstica, que “não pode ficar esquecida em tempos de covid-19”.

Nesse sentido, afirmou que a Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, em parceria com o Ministério da Saúde, através do INEM, está a desenvolver, desde o início de março, um plano de contingência de prevenção e de combate à violência doméstica em contexto de covid-19.

Segundo o secretário de Estado, foi criada uma nova linha de atendimento por SMS, com o número 3060, que desde a entrada em funcionamento, a 27 de março, já recebeu 123 pedidos de apoio.

O governante explicou que esta linha é gratuita e não permite a identificação dos contactos pelo agressor, presta informações, apoia e encaminha as vítimas em caso de elevado perigo, aciona as forças de segurança, para verificação imediata das situações no local.

António Sales frisou que se mantém também ativa a linha telefónica de apoio a vítimas de violência doméstica (800 202 148), bem como um correio eletrónio ([email protected])

“No total estas linhas receberam desde o dia 19 de março 308 pedidos”, precisou.

O secretário de Estado disse igualmente que a rede de casa de abrigo e de acolhimento de emergência têm estado em funcionamento e respeitam as regras de isolamento e distanciamento social, além de terem sido contratualizados mais duas casas de abrigo com mais 100 vagas

De acordo com o governante, estas casas já acolherem 50 vítimas entre 06 e 27 de abril.

Portugal contabiliza 973 mortos associados à covid-19 em 24.505 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

O país vai terminar no sábado, 02 de maio, o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo deverá anunciar na quinta-feira as medidas para continuar a combater a pandemia.

Devido ao fim de semana prolongado, o Governo decretou, entretanto, a proibição de deslocações entre concelhos de 01 a 03 de maio.

Lusa/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Cáritas de Coimbra em projeto europeu para demência

Advertisement

Uma tecnologia baseada em sensores de inteligência artificial 3D, testada num projeto europeu liderado em Portugal pela Cáritas Diocesana de Coimbra, foi divulgada hoje como solução para melhorar o cuidado de pessoas com demência.

Projeto pretende simplificar prestação de cuidados domiciliários

Advertisement

“BetterCare: a STEP UP in caregiving” foi a equipa vencedora do programa Link me up – Cocriação de Inovação no Politécnico de Coimbra (IPC). O projeto pretende dar resposta às necessidades crescentes na área da prestação de cuidados domiciliários especializados e personalizados.

Farmacêuticos lembram poupança que conseguem para o SNS

Advertisement

O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos alertou hoje para a poupança que estes profissionais conseguem no Serviço Nacional de Saúde ao detetar e corrigir níveis terapêuticos desajustados nos doentes, conseguindo menor custo em medicamentos e menos tempo de internamento.

MAIS LIDAS

Share This