Pedidos de asilo na UE caíram para metade em março devido à pandemia

30 de Abril 2020

Bruxelas, 30 abr 2020 (Lusa) – Os pedidos de asilo na União Europeia caíram para praticamente metade em março, mês em que a maioria dos Estados-membros encerraram as fronteiras para combater a pandemia da covid-19, revelou hoje o Gabinete Europeu de Apoio ao Asilo (EASO).

Bruxelas, 30 abr 2020 (Lusa) – Os pedidos de asilo na União Europeia caíram para praticamente metade em março, mês em que a maioria dos Estados-membros encerraram as fronteiras para combater a pandemia da covid-19, revelou hoje o Gabinete Europeu de Apoio ao Asilo (EASO).

De acordo com os dados desta agência, em março foram introduzidos 34.737 pedidos de asilo na UE, o que representa uma quebra de 43% face ao mês anterior, notando a EASO que, imediatamente antes de a pandemia atingir a Europa, os números de requerimentos haviam sido muito elevados, designadamente 65.300 em janeiro e 61.100 em fevereiro, um aumento de 16% face ao período homólogo.

A EASO atribui esta queda nos pedidos de asilo que deram entrada na UE ao facto de o surto do novo coronavírus ter afetado, em diferentes graus, o funcionamento das autoridades responsáveis pelo asilo, tanto no que diz respeito às atividades dos próprios sistemas de asilo, como devido a restrições nas fronteiras.

“Assim, os números de março não são verdadeiramente indicativos das tendências migratórias relacionadas com o asilo para a UE, sendo antes o resultado das medidas de contenção da covid-19”, sublinha a agência.

A EASO recorda que, em 16 de abril, a Comissão Europeia, com o seu contributo, apresentou orientações sobre a aplicação das regras da UE em matéria de asilo e de procedimentos de regresso, com recomendações aos Estados-Membros sobre as formas de assegurar a continuidade dos procedimentos de asilo no contexto da situação provocada pela covid-19.

A agência aponta que, antes de o surto da covid-19 atingir a Europa em março, mais de um terço dos pedidos de asilo na UE eram de cidadãos de quatro países, designadamente Síria (14.441), Afeganistão (13.245), Colômbia (10.155) e Venezuela (10.098).

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.

Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Lusa/HN

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