Mais de um quarto da população sentiu efeito negativo da pandemia na saúde mental

25 de Fevereiro 2022

Mais de um quarto da população maior de 16 anos disse ter sentido, em 2021, o efeito negativo da pandemia na saúde mental, uma situação que afetou mais as mulheres e pessoas desempregadas, revelam hoje dados do INE.

“Em 2021, 26,6% da população com 16 ou mais anos referiu o efeito negativo da pandemia covid-19 sobre a saúde mental”, adianta o Instituto Nacional de Estatística (INE) na publicação “Rendimento e condições de vida 2021 – Estado de saúde”.

De acordo com os dados, esta situação foi apontada por mais mulheres (30,2%) do que homens (22,4%) e em proporções bastante semelhantes na população menor de 65 anos (26,8%) e na população idosa (25,9%).

“Por nível de escolaridade, embora sem diferenças muito significativas, a população com ensino superior completo registou uma proporção de 27,8%, superior à média nacional, e a população sem qualquer nível de escolaridade completo uma proporção de 25,4%”, refere o INE.

Por condição perante o trabalho, verifica-se que é na população em situação de desemprego que este indicador atingiu o valor mais elevado (33,7%), 7,1 pontos percentuais (p.p) acima da média.

Os resultados do inquérito apontam também que a proporção de pessoas com 16 ou mais anos em risco de pobreza que disseram ter sido afetadas pelo efeito negativo da crise pandémica na saúde mental foi superior em 3 p.p. à proporção obtida para a população em geral da mesma idade.

O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento das Famílias é realizado em Portugal desde 2004. Até 2020 realizou-se no quadro de legislação comunitária específica que estabelecia um sistema comunitário harmonizado de produção de estatísticas sobre a pobreza, privação e exclusão social.

A partir de 2021, o inquérito é realizado de acordo com regulamentação europeia específica do Parlamento Europeu e do Conselho.

Em Portugal, a informação do inquérito foi regularmente recolhida com periodicidade anual através de entrevistas presenciais assistidas por computador no 2.º semestre de cada ano.

Na sequência das medidas de saúde pública subsequentes à pandemia covid-19, nomeadamente o confinamento e o distanciamento social, o inquérito foi exclusivamente realizado através de entrevistas telefónicas em 2020 e 2021.

LUSA/HN

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