No âmbito da operação ‘Transição segura’, que decorre entre hoje e segunda-feira, a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) estão a realizar operações de “intensificação do patrulhamento, sensibilização e fiscalização, em todo o território nacional”, em “estreita articulação, cooperação e colaboração”, para apoiar a população e garantir o cumprimento das normas do estado de emergência, foi hoje anunciado por responsáveis das duas forças durante uma conferência de imprensa.
As operações de sensibilização e de fiscalização incidirão designadamente no sentido de impedir a circulação entre concelhos, que não são permitidas até à noite de domingo, exceto por motivos justificados, de acordo com a legislação.
Os acessos a praias marítimas e fluviais também merecerão a atenção das forças de segurança durante este fim de semana, dadas as previsões de melhoria do estado do tempo, referiram os responsáveis da PSP e da GNR, cujas patrulhas também estarão atentas aos acessos a outros locais propícios à aglomeração de pessoas.
Entretanto, na tarde de hoje, haverá uma particular atenção às comemorações do Dia do Trabalhador, organizadas pela CGTP, designadamente em Lisboa e Porto e em cerca de duas dezenas de outras localidades, sobretudo para assegurar o respeito pelo distanciamento social entre os participantes nos eventos.
O fim do estado de emergência “não significa infelizmente o fim da pandemia nem o regresso à normalidade”, advertem a GNR e a PSP, apelando a todos os cidadãos para que “não estraguem, com esta abertura” (fim do estado de emergência e entrada em vigor do estado de calamidade) tudo o que já foi conseguido, perante a pandemia, com “muito esforço individual e coletivo”.
Nesse sentido, a ação de sensibilização e de fiscalização das forças de segurança vão dirigir-se também, a partir de segunda-feira, aos estabelecimentos que vão poder reabrir e aos transportes públicos, sobretudo no sentido de apelar e de fazer respeitar as respetivas regras de funcionamento, sublinharam.
A PSP e a GNR apelam, entretanto aos peregrinos de Fátima, que sobretudo no mês de maio costumam dirigir-se ao santuário, para que não façam este ano essa deslocação, pois as regras este ano são outras.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 230 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas
Portugal termina no sábado, 02 de maio, o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo anunciou hoje a passagem para o estado de calamidade a partir das 00:00 de 03 de maio.
Devido ao fim de semana prolongado, o Governo decretou, entretanto, a proibição de deslocações entre concelhos de 01 a 03 de maio.
LUSA/HN
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