António Costa falava no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, após a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e a Direção Geral da Saúde terem assinado um protocolo de cooperação de boas práticas para o combate à propagação da covid-19.
“Na segunda-feira, Portugal vai dar um passo para começar a reabrir muitas das atividades do setor comercial que foram encerradas por necessidade de contenção da pandemia de covid-19, mas a retoma é essencial que seja feita com segurança para quem trabalha nos estabelecimentos e dos clientes”, declarou o líder do executivo no discurso que encerrou a sessão.
Para António Costa, a existência de condições de segurança “é fundamental para que os portugueses regressem com confiança aos estabelecimentos comerciais: Cabeleireiros, barbeiros, institutos de beleza, stands de automóveis, livrarias ou lojas de roupa”.
“Além das normas gerais que o Governo tem vindo a trabalhar em sede de concertação social, tendo em vista a higiene e proteção no trabalho – normas transversais a todos os setores -, há depois, naturalmente, especificidades próprias de cada ramo. Quem vai experimentar um carro tem condições diferentes de quem vai experimentar uma gravata”, comentou, a título de exemplo.
Na primeira intervenção da sessão, antes da assinatura do protocolo, o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, referiu que Portugal entra a partir de segunda-feira numa nova etapa na atual conjuntura de combate à covid-19 e, tal como primeiro-ministro, salientou que o desafio que se coloca “é o de transformar os espaços comerciais e de serviços em locais seguros para consumidores e trabalhadores”.
“Estamos perante uma exigência acrescida ao comportamento coletivo para a contenção da doença. Sabemos que se vão colocar exigências particulares ao setor do comércio e serviços, designadamente ao nível do investimento”, apontou Pedro Siza Vieira.
Na nova fase, que se inicia na segunda-feira, o titular da pasta da Economia deixou ainda a mensagem de que todos os cidadãos vão ter de “reaprender a circular, convivendo com o risco do vírus”.
“Quando voltarmos a circular como consumidores, quando voltarmos a trabalhar, não podemos fazer da mesma forma. Teremos normas mais exigentes de segurança. Temos de oferecer a todos a noção de que a experiência de consumo é segura”, acrescentou, antes de elogiar o setor do comércio e dos serviços, considerando que “percebeu exatamente a escala do desafio”.
“Depois, a intervenção da Direção Geral da Saúde, dos pontos de vista técnico e de validação das boas práticas, foi essencial”, completou o ministro de Estado e da Economia.
Lusa/HN
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